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Mostrando postagens de 2012

O BLOG DA MURIEL - LAERTE - Na Folha de S. Paulo de hoje

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http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/81671-quadrinhos.shtml

AS INCOERÊNCIAS DO PLANALTO

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Por Fernando R. F. de Lima. Que o PT sempre foi um partidozinho mequetrefe, cheio de larápios, espertalhões e idiotas, eu nunca duvidei. O que não imaginei é que esta miopia fosse tão grande a ponto de manter estratégias de longo prazo que não são capazes de gerar qualquer retorno positivo para a sociedade além da manutenção do status quo de quem já chegou ao poder. No caso específico, vou falar da política sobre o petróleo e os combustíveis em geral porque recentemente esta questão motivou um debate na Folha de S. Paulo, no qual muitas “otoridade” financiadas pelo partido defenderam uma suposta visão de longo prazo do governo petista na questão do petróleo. Neste sentido, vale destacar que a gestão da Petrobrás tem sido desastrosa desde que Lula assumiu o poder. Além de partidarizar postos que deveriam ser técnicos, as tentativas fracassadas de reduzir a inflação via controle de preços tem levado o que deveria ser uma bem sucedida política energética de longo prazo, que se

Atualizações no Blog

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Por Fernando R. F. de Lima Hoje realizei algumas alterações no blog para aproximar um pouco mais minha produção virtual, que são as mais de 190 postagens que este blog já possui, da minha produção acadêmica, que é muito menos numerosa e igualmente irrelevante. Contudo, para aqueles que quiserem ter uma idéias das coisas que eu já publiquei, o acesso fica facilitado através do link superior da página chamado textos acadêmicos e publicações em revistas. Não são muitos os textos, apesar de eu ter disponibilizado apenas os que considero mais relevantes, se eu fosse incluir todos os textos não haveria muito mais coisa para inserir. O fato é que é mais uma opção para que os leitores, tanto aqueles interessados em geografia, quando aqueles que se interessam pelos temas gerais do blog, possam saber um pouco mais sobre o que tenho escrito e os diversos assuntos nos quais me intrometo. Como será fácil perceber, há na publicação acadêmica uma grande variedade de temas, assim como nos textos

LIBERALISMO NÃO É CONSERVADORISMO: ou porque eu não apoio o ARENA

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Por Fernando R. F. de Lima Li na Folha de S. Paulo de hoje que a estudante de direito Cibele Baginski, 23 publicou ontem, dia 13 de novembro, no diário oficial, o programa do Partido que tentam refundar, o ARENA (Aliança Renovadora Nacional). Na década de 1960, foi este o partido que deu apoio ao regime militar, quando a oposição legalizada estava toda agrupada no MDB. Este grupo, liderado pela senhoria Baginski, tem como objetivo claro criar um partido “de direita”, colocando-se, acima de tudo, contra os diversos partidos de orientação ou inspiração marxista. A seguir, seguem os objetivos do partido, conforme publicados no DOU de ontem: “Art. 2º. A ARENA tem por objetivos: I - O desenvolvimento de uma sociedade justa e com qualidade de vida estrutural e cultural-educacional; II - Incentivo ao nacionalismo brasileiro; III - Promover o avanço científico, por meio de políticas públicas, fornecer o básico para a dignidade humana de acordo com a Declaração Universal dos Dir

LOS ANGELES: A CIDADE DO AUTOMÓVEL

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Por Fernando R. F. de Lima. Entre muitos adjetivos possíveis, Los Angeles é a cidade do automóvel. Talvez por causa de Hollywood, quando penso no American way of life a cidade que me vem à mente é L.A. Muitas avenidas, muita gente diferente misturada, muitos idiomas, muita riqueza e muito contraste entre ricos e pobres. O mais fascinante, contudo, são os milhões de carros na cidade. Segundo o LADOT , L.A. tinha em 2009 1,66 milhões de trabalhadores com idade superior a 16 anos e 2,5 milhões de veículos registrados, isto apenas na Cidade de L.A. Deve-se ressaltar que sua área metropolitana tem mais de 17 milhões de habitantes e a proporção de veículos se mantém. Ainda de acordo com o documento da Prefeitura da Cidade, 79,5% dos angelinos se deslocavam para o trabalho de carro, van ou pickups, sendo que apenas 10,3% utilizavam transporte público que não fosse táxi. E apesar do uso intenso dos automóveis, o tempo médio de deslocamento de cada trabalhador situava-se em 29 minutos

PROPOSTA DE SOLUÇÕES PARA O TRANSPORTE COLETIVO EM CURITIBA

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Por Fernando R. F. de Lima Uma maneira de reduzir significativamente os custos por quilômetro rodado seria realizar toda a cobrança de forma indireta, ou seja, realizar toda a movimentação de passageiros por meio de cartões eletrônicos. Desta forma, seriam eliminadas as perdas por assaltos a ônibus e empresas e seria reduzido o risco de fraudes. Além disso, seria possível diminuir significativamente os custos trabalhistas com a demissão de milhares de cobradores de ônibus (uma medida certamente impopular).  Com a economia realizada, seria possível disponibilizar mais ônibus (contratar mais gente), sem elevar o valor da tarifa. Além disso, seria possível realizar embarques mais rápidos na cidade. A compra dos cartões poderia ser realizada em máquinas dispostas em locais de grandes volumes e no comércio local dos bairros, próximos a pontos de ônibus. Introduzir algum sistema de desconto para compra antecipada seria outra alternativa para induzir o uso de formas de paga

RESENHA: Mulheres, de Charles Bukowski. Tradução de Reinaldo Moraes.

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Por Fernando R. F. de Lima.           Se os livros tivessem aquela classificação indicativa que bem atrás dos jogos de video game e dos filmes, a maioria dos livros de Bukowski ficaria reservada para maiores de 16 anos, e este livro, Mulheres, para maiores de 18. O tema sexo e violência está presente em todo o livro. Menos violência e mais sexo, diga-se de passagem. Mas é um tipo de literatura despretensiosa, que me agrada, porque a leitura pode ser feita sem o menor compromisso. Muito do que lemos em Bukowski, com seu estilo autobiográfico, (“ficção é a vida melhorada”, diz uma frase atribuída a ele), é como a vida mesma: vazia e sem sentido na maior parte do tempo, mas iluminada por alguns momentos de grandeza. Para ilustrar o que digo, destaco duas passagens: “A segunda luta foi boa também. A galera berrava e urrava e se empapuçava de cerveja. Eles tinham fugido provisoriamente das fábricas, armazéns, matadouros, postos de gasolina, e estaria de volta ao cativeiro no dia seg

TRANSPORTE COLETIVO

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Por Fernando R. F. de Lima No texto anterior comentei alguns dos desafios do novo prefeito da cidade no que diz respeito ao transporte coletivo. Aqui vou trazer algumas informações que ilustram o que eu disse no último texto. Começo pela afirmação de que o número de passageiros tem se reduzido. Esta afirmação é uma meia verdade: em termos absolutos, o número de passageiros transportado cresceu, como é possível ver no gráfico Passageiros Transportados. Contudo, ele cresce numa taxa inferior ao crescimento demográfico. De fato, o único ano em que o número de passageiros encolheu foi entre 2009 e 2010, uma vez que este foi o ano da Gripe Aviária, que teve impacto semelhante em diversos segmentos que reunião grandes aglomerações de pessoas. Contudo, a recuperação nos dois anos seguintes foi muito lenta, a menos de 1 % ao ano.    A segunda questão, que pode ser tomada como um indicador genérico de conforto, é número de passageiros por viagem realizada. Entre 2006 e 2011 este número

DESAFIOS DO PRÓXIMO PREFEITO DE CURITIBA

Por Fernando R. F. de Lima O Sr. Gustavo Fruet, eleito prefeito de Curitiba neste último fim de semana, terá uma série de desafios a enfrentar. Um deles, não desprezível, é dar continuidade ao que vem sendo feito sem comprometer com isso suas propostas de mudança. Isso porque, ao longo dos últimos 24 anos, Curitiba tem sido governada por um mesmo grupo, o que trás benefícios e também certos vícios administrativos. Como mudar o que deve ser mudado sem alterar o que deve continuar? Quais políticas deverão ter continuidade? As políticas públicas que eu considero mais nocivas à cidade serão mantidas: entre elas está o "Armazém da Família", que é um mercado mantido pela prefeitura que vende certos gêneros alimentícios a preço de custo. Em relação as postos de saúde, provavelmente a política de ampliação da rede também deve continuar, apesar de saber que no atual estágio de desenvolvimento da cidade o mais importante é trabalhar em ações preventivas. Mas dois proble

CARACTERIZAÇÃO DO ESPRAIAMENTO URBANO

Por Fernando R. F. de Lima As grandes cidades vivem um dilema, sobretudo no Brasil: espalham-se mais ou concentram-se? O espraiamento urbano, numa tradução livre e quase literal da expressão inglesa urban sprawl , que está associada diretamente à criação dos subúrbios ingleses, é uma realidade tanto em grandes quanto em pequenas cidades brasileiras. Podemos indicar que um subúrbio é, por definição, uma área de baixas densidades habitacionais, inferiores ao limiar de 20 habitantes por hectare. Esta referência é obtida por meio da construção de ruas largas, sinuosas, com lotes individuais para a construção de residências unifamiliares ou então pela construção de edifícios isolados cercados por grandes extensões de área verde (gramados, parques e/ou bosques). O subúrbio apresenta algumas vantagens estéticas e, aparentemente, vantagens ambientais. Por exemplo, um subúrbio impede grandes aglomerações humanas, e induz a uma convivência de vizinhança semelhante a de uma cidade pequ

VOCÊ SABIA?

por   Fernando R. F. de Lima 1- Que no Brasil que no valor de um automóvel  29,2% são impostos, enquanto em uma bicicleta este valor chega a 34,5% e o de uma moto é 49,78%? 2- Que ao comprar um casa 49,02% de seu valor são impostos? 3- Que um almoço paga 32,31%, mas uma passagem aérea apenas 22,32%? 4- A Água mineral é onerada em 45,11% mas o detergente em 40,25%? Qual a lógica que guia a legislação tributária brasileira? A resposta é: nenhuma. A atual legislação tributária é o resultado de grupos de pressão pedindo redução nos tributos, medidas populistas, que explicam porque  frango paga 17,5% em imposto enquanto o almoço custa 32,31%. No sistema tributário brasileira, quem chora mais, ganha mais. Não há lógica nenhuma que o guie. A indústria automobilística, por exemplo, cujos empregos são tão valorizados pela sociedade (apesar de terem hoje o mesmo nível de 1990, quando o Brasil produzia apenas 1 milhão de automóveis, contra 3,8 milhões do último ano), reclama muito, e por is

MULTIMODALIDADE E COMPETIÇÃO INTERMODAL

Fernando R. F. de Lima. Uma das grandes questões que se discute hoje em dia em matéria de transportes é a da multimodalidade. Grosso modo, um transporte multimodal é aquele que utiliza diferentes formas de transportar um produto entre sua origem e o consumidor final. No caso, o mais importante seria permitir que cada um dos modais existentes fossem utilizados em seu máximo potencial, aproveitando o que de melhor as hidrovias, ferrovias, rodovias e aerovias  têm a oferecer em matéria de transporte. Contudo, a questão torna-se complexa porque cada um destes modais tem vantagens e desvantagens intrínsecas, além dos custos de transbordo entre uns e outros. Muitas vezes as pessoas focam no problema do custo de transporte, que obedece uma relação linear; o mais caro é o aeroviário e o mais barato o hidroviário, com o rodoviário sendo mais caro que o ferroviário. Outra opção é o gasto energético, que no fundo segue a mesma lógica do custo de transporte. Mas há outros custos envolvi

DESAFIOS PARA UMA POLÍTICA DE TRANSPORTES NO BRASIL

Por Fernando R. F. de Lima. Uma política de transportes consciente é mais do que necessária no Brasil atual. Vivemos um verdadeiro caos em diversas áreas, com rodovias e ferrovias a beira do colapso, falta de insumos para indústria e agricultura e uma utilização muito acima dos limites razoáveis da infraestrutura portuária existente. A situação dramática tem diversas origens, mas o fato é que devemos nos preparar para o futuro que nos aguarda. Para tanto, há diversos desafios postos na mesa, e as coisas que vou falar não são novidade para ninguém. Mas reforçar é sempre uma boa medida para tornar as coisas mais consensuais. Antes de passar para o detalhamento dos desafios propriamente ditos, vejo a necessidade de expor algumas questões sobre o histórico da utilização da infraestrutura no país. Primeiramente, gostaria de retomar uma questão básica de economia, que é de domínio comum de todos. Para produzir bens e serviços, sempre nos baseamos em três fatores de produção: mão

A ÚNICA DEMANDA CRIADA PELO INTERVENCIONISMO É MAIS INTERVENÇÃO

Por Fernando R. F. de Lima Desde que Guido Mantega assumiu o ministério da Fazenda e tornou-se responsável pela política macroeconômica no país, houve uma clara orientação no sentido de que toda intervenção que propiciasse crescimento econômico seria bem vinda. Desde então, já tivemos inúmeras intervenções com este intuito. Entre as principais estão o aumento crédito subsidiado para a aquisição de imóveis, as freqüentes intervenções no mercado de câmbio, para "segurar" o dólar, os diversos pacotes de estímulo para a indústria, como reduções temporárias de tributos, alteração de legislação tributária em favor dos produtos "nacionais" entre várias outras. O governo, como se quisesse mostrar serviço, a toda hora anuncia novas medidas para corrigir os rumos da política intervencionista anterior. O fato, contudo, é que a única demanda que o intervencionismo cria na economia é a demanda por mais intervencionismo. Uma medida nunca é suficiente: sempre é neces

Londres/London

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Se uma imagem vale mais que mil palavras, seguem aí 18 imagens!/  If one picture worth more than thousant words, enjoy next 18 pictures!
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BRASÍLIA E OS SONHOS MODERNISTAS Por Fernando R. F. de Lima A foto no início deste post é da capa de um livre, cujo autor e também o conteúdo desconheço. O que me chamou atenção foi a perspectiva escolhida para a fotografia que ilustra a capa do livro: olhando atentamente, nota-se ao fundo um prédio. Mas quase toda a capa é tomada por uma imagem de savana, com árvores esparsas e só. Ou seja, a cidade de Brasília, conforme retratada, é um pasto, não uma cidade. No fundo, Brasília, assim como as outras cidades lineares imaginadas, foram pensadas para ser o oposto do que as cidades normalmente são. Cidades conforme as conhecemos não são fruto de uma mente brilhante. São obras do acaso. Pode-se imaginar as cidades como corais crescendo a própria sorte, corais de concreto, tijolos, madeira e asfalto. Cada pessoa deposita suas esperanças e perspectivas num pedaço de solo, aposta num negócio próprio ou numa nova família e vai construindo o tecido urbano. De tempos em tempos a “coleti