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Mostrando postagens de setembro, 2007

ALGUMAS NOTAS SOBRE O TRANSPORTE PÚBLICO DE CURITIBA – PARTE 1

Curitiba é considerada uma "cidade modelo" quando o assunto é transporte público. Isso se dá pelo fato de que, desde a década de 1970 tem sido feitas importantes intervenções para construir, manter e ampliar um programa de transporte público que atenda toda a cidade. Em comparação com outras cidades do Brasil, Curitiba mostra grande preocupação com o transporte coletivo, e tem um sistema elogiado no mundo todo, que apresenta como principais aspectos o baixo custo e a eficiência. Podemos, no entanto, fazer algumas avaliações sobre esse sistema de transporte, e tentaremos obter algumas informações sobre o custo que ele representa para o cidadão curitibano e das cidades metropolitanas. Começaremos pela descrição do modelo de funcionamento, e depois a avaliação dos números do transporte e, por fim, minha avaliação como usuário. Procurarei fazer algumas inferências sobre o impacto que esse sistema de ônibus teve no crescimento da cidade, e na questão da valorização imobiliária

ALGUMAS NOTAS SOBRE O TRANSPORTE PÚBLICO DE CURITIBA – PARTE 2.

            Os número dos sistema de transporte fornecidos pela prefeitura não permitem uma análise detalhada do sistema por parte do cidadão comum. Porém eles permitem que façamos algumas inferências. São feitas 26 mil viagens por dia, transportando 2 milhões de usuários. Isso dá uma média de 89 passageiros por viagem. Sabemos que um ônibus comum tem capacidade para 80 passageiros (lotação máxima, que muitas vezes é ultrapassada). Um ligeirinho (ônibus sem cobrador) tem capacidade para 90 passageiros. Um ônibus articulado, capacidade para 160 passageiros e um biarticulado para 270 passageiros. Se tivéssemos os dados detalhados por linha de ônibus e tipo de ônibus, ficaria mais fácil avaliar a qualidade dessas 26 mil viagens. Mas como usuário posso passar minhas impressões subjetivas.             1 – Linhas convencionais. São aquelas em que circulam apenas os ônibus comuns. Nos horários de pico (6:30 às 8:00 e 18:00 às 19:30) essas linhas são cheias, com ônibus barulhentos, que pas

Estudo revela poluição elevada em seis capitais

Estudo revela poluição elevada em seis capitais 21/09/2007 - 02h31 Um estudo feito em seis capitais brasileiras revelou que nenhuma delas atende ao padrão da Organização Mundial de Saúde para poluição do ar. Segundo pesquisa do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP, São Paulo ainda é a capital mais poluída do Brasil, mas Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife não podem se orgulhar por terem ar limpo. Medições realizadas entre maio e julho deste ano mostram a situação desfavorável em todas elas. O estudo, obtido com exclusividade pela Folha , analisa o poluente material particulado fino (mistura de poeiras e fumaça). A principal fonte de emissão do poluente são os veículos (...) http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u330220.shtml   Esta notícia saiu na Folha de São Paulo. A última frase que eu recortei refere-se aos veículos. O detalhe não mencionado é que do particulado fino, a poeira é levantada pelos pneus dos veículo

A CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO SOBRE O DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDE)

O automóvel é um grande símbolo da individualidade e da liberdade. Além de ser um símbolo, ele é de fato um "veículo" dessa individualidade e liberdade, pois permite que seu condutor determine por onde quer ir, como, a que velocidade e por quais caminhos. No entanto, o automóvel tem sido tratado no Brasil como um item de luxo, de consumo exclusivo das classes médias e altas, e por isso mesmo, tributados em excesso. Pelos dados da Anfavea nota-se que a tributação sobre o automóvel novo no Brasil é muito superior que a da maioria dos países da Europa, e muito maior que a dos EUA e dos outros países emergentes.             Não bastassem esses tributos, que incidem diretamente sobre a fabricação e venda dos automóveis, ainda há os impostos sobre os combustíveis. Há um, no entanto, que é o mais curioso de todos, que representa mais ou menos cinco centavos por litro de gasolina e 1 centavo por litro de diesel, e aproximadamente 2 centavos para cada 10 litros de álcool. Este t

SOBRE O ELITISMO DA ESQUERDA

            A maioria das pessoas militantes de esquerda que conheço são pessoas que acreditam-se pertencentes a uma espécie de elite intelectual. Pela própria essência dos movimentos coletivistas não poderia ser diferente, afinal de contas a proposição básica de qualquer coletivista é a de que os indivíduos são perigosos e egoístas, e que alguém deve pensar no bem estar coletivo. Os seres capazes de tal ato de benfeitoria são sempre os esquerdistas, auto-declarados representantes da sociedade civil organizada, portadores do progresso, da ciência, da luz, capazes de esclarecer e conscientizar as pessoas.             Esse elitismo perpassa praticamente todas as condutas dos esquerdistas, e se transforma, inclusive, numa espécie de moralidade. Eles se apoderam dos púlpitos nas igrejas, das vagas nos serviços públicos, de cargos em empresas e partidos sem se sentir responsável por qualquer conseqüência que seu trabalho (ou a falta dele) possa ocasionar. Os coletivistas pregam uma morali