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Mostrando postagens de maio, 2009

GM: A CONCORDATA DE UMA GRANDE INIMIGA DO LIVRE MERCADO

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A idéia principal deste texto é dar um “palpite informado”, digamos assim, sobre quem faliu a GM, opondo-me a visão que Olavo de Carvalho apresentou de que a responsabilidade por sua delicada situação seja dos sindicatos de trabalhadores nos EUA. Quem lê as coisas que eu digo sabe que não sou a favor do poder virtualmente ilimitado que foi em diversas ocasiões conferido aos sindicatos, sobretudo nos períodos áureos das ideologias trabalhistas, como é o caso da Inglaterra depois da segunda guerra mundial, e do Brasil, durante um breve período nos anos 1980. Contudo, é difícil atribuir a falência ou quase falência de um grande conglomerado industrial como a General Motors apenas a ação de trabalhadores sindicalizados. Primeiramente, deve-se conhecer um pouco da história e das ideologias que moldaram a formação da General Motors: ela não surge como uma companhia destinada a fabricar automóveis, como aconteceu com os vários outros fabricantes mundo a fora. Para ficar nas comparações, Henry

SOBRE COMPULSÃO E COERÇÃO

No liberalismo clássico, a idéia que se tem a respeito do Estado [i] é que ele é o aparelho social de compulsão e coerção, que deve deter o monopólio destas duas atitudes, para evitar um estado hobbesiano de natureza, ou a luta do mais forte contra o mais fraco simplesmente. O Estado, como detentor do monopólio da violência, como também é chamado, é visto como árbitro e guardião da vida, da propriedade e também da liberdade. A experiência, contudo, deixou claro que cidadãos que não vigiam as ações do Estado acabam tornando-se vítimas deste "monopólio", e acabam servindo aos interesses imediatos dos detentores deste poder. A democracia, conforme apresentado superficialmente em outro texto, torna-se um sistema (até hoje o melhor, mas ainda assim imperfeito) de controle popular sobre o Estado. Apresentado de forma breve esta compreensão inicial sobre o papel e o poder do Estado, passo a falar das outras formas de compulsão e coerção, como forma de mostrar que o monopólio

Copa Curitiba de Ciclismo de Pista

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Este final de semana se deu em Curitiba um dos eventos nacionais de ciclismo de pista. Importantes atletas estiveram presentes na competição, mas infelizmente, ainda eram poucos atletas competindo. Acredito que uma parte importante do desinteresse pelo ciclismo de pista decorre da própria falta de interesse da imprensa local. Este evento não foi noticiado na Gazeta do Povo, que é o principal (de maior circulação) jornal do Estado do Paraná, assim como também estão ausentes a cobertura de outros eventos esportivos. Ainda assim, havia mais de 50 pessoas assistindo a competição, entre entusiastas, como praticantes do ciclismo de estrada, por exemplo, atletas de triathlon, e curiosos mesmo. Abaixo vão as fotos.

UM POUCO DE HISTÓRIA DO AUTOMÓVEL

UM POUCO DE HISTÓRIA DO AUTOMÓVEL [i]   Com o avanço vertiginoso da técnica no século XIX, milhares de transformações se impuseram no cenário urbano de todo o mundo. As ferrovias, os navios a vapor, as fábricas e a eletricidade modificaram as paisagens rurais, mas, sobretudo, as urbanas. O automóvel, ou melhor, os diversos tipos de automóveis, serão, já no século XX, componente obrigatório das paisagens urbanas, e quase que todos os esforços no sentido e se planejar uma cidade, um estado ou um país, passaram necessariamente pela capacidade de gerenciar e de agilizar a circulação deste novo tipo de veículo. A máquina a vapor possuía um funcionamento bastante estável, contudo a necessidade de uma caldeira limitou sua utilização. Os primeiros automóveis utilizavam a propulsão pelo motor a vapor, e o primeiro carro, por assim dizer, foi feito por Josef Cugnot, ainda no século XVIII. Pesava mais de quatro toneladas e em sua primeira corrida de testes foi em direção a um muro, já que

SOBRE DEMOCRACIA E LIBERDADE

O nome deste blog junta duas palavras que parecem sempre caminhar juntas. No entanto, estive pensando sobre o significado destas duas palavras e sobre a interpretação que as pessoas comumente dão a elas. Primeiramente, democracia não é sinônimo de liberdade. E vice-versa: liberdade não é sinônimo de democracia. Tampouco podemos dizer que democracia implica liberdade e que liberdade implica democracia. A democracia é um sistema de governo, que foi pensado para que os súditos do Estado tivessem controle sobre ele. Já a liberdade é uma conquista, que pode ser assegurada de diversas formas, dentre as quais a democracia. Mas a democracia também pode ser uma inimiga da liberdade. Há democracia, ou ao menos um sistema de escolha política baseado no voto em países como o Irã, por exemplo, e todas as “repúblicas socialistas” tinham sistemas eleitorais, como ainda hoje em Cuba, que elegem, ao menos formalmente, o mesmo candidato sempre. Portanto, escolher, ainda que apenas formalmente um candid