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Mostrando postagens de janeiro, 2011

POR QUE ALGUNS PRODUTOS CUSTAM TÃO CARO NO BRASIL?

  Por Fernando R. F. de Lima.   Vou comentar notícia velha, requentada de outros neste texto, mas que trás algumas questões que estão relacionadas às próprias dificuldades em se gerir a política macroeconômica e monetária no Brasil. É a questão dos preços. Por que alguns produtos custam aqui tão mais caro que lá fora? A razão principal é a falta de concorrência. Alguns poderão dizer que há concorrência em excesso em alguns setores, mas na maioria deles faltam concorrentes que briguem entre si pelo dinheiro do consumidor. Em qualquer lugar que a gente vá, os restaurantes estão cheios, as lojas abarrotadas, os supermercados transbordando de gente e as concessionárias de automóveis e motocicletas entupidas de compradores. Isto permite que os comerciantes trabalhem com margens de lucro muito mais elevadas que aqui. Duvido que sobrem Ipads e Ipods nos estoques das lojas, que não sejam todos vendidos apesar do preço abusivo, quando comparados com os praticados no exterior. Como é

INFLAÇÃO – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

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Por Fernando R. F. de Lima. Tratar da questão da inflação é sempre um problema controverso. Isso porque apesar de ser bem conhecida como fenômeno, os efeitos e não as causas da inflação é que são diretamente sentidos pelas pessoas. E o principal efeito da inflação é o aumento nos índices de preços de uma determina cesta de bens de consumo. Como nos últimos meses tivemos uma aceleração dos preços no país, com o índice do IPCA chegando perto de 1% ao mês, o que daria 12% ao ano se o índice de mantivesse, o assunto voltou a pauta. A maioria das pessoas, porém, apesar de reconhecer a conseqüência, muitas vezes desconhece a causa da inflação. Basicamente, podemos dizer que a causa é uma maior quantidade de dinheiro em circulação na economia em relação ao total de produtos disponíveis para o consumo. Como este aumento na oferta de dinheiro não segue o mesmo ritmo do aumento na oferta de produtos, o resultado é um aumento nos preços. A causa normalmente

ONG, HAITI E PODER PÚBLICO

  Até imagino o que muitos vão pensar de mim quando lerem este texto. Mas não posso deixar de comentar algo que fica martelando em minha cabeça. Um podcast da BBC mostra que as ONG`s que estão atuando no Haiti não estão trabalhando de modo descente, e que os recursos que deveriam ser utilizados para ajudar aquela população que de tudo carece acaba servindo para enriquecer alguns poucos. O pior, contudo, não é o fato de alguns estarem ganhando dinheiro com o negócio das ONG`s, já que isto é parte do negócio; a questão é que as ONG`s não tem funcionado. Como o próprio nome diz, uma Organização Não Governamental é uma organização que, a princípio, não tem filiação com o governo. Ou seja, é parte da iniciativa privada. Qualquer um pode montar uma ONG para fazer o que quiser. A rigor, a diferença entre uma ONG e uma empresa está apenas no fato de que a primeira vive de doações e não visa o lucro institucional enquanto a segunda vive da venda de produtos e serviços e visa o lucro da

SOCIEDADE DE CONSUMO E PADRÃO DE VIDA

  Vivemos em uma sociedade de consumo. Isso significa que todos nós, quase todo o tempo, consumimos coisas. Obviamente, dependendo da extensão da palavra consumo, podemos dizer que todos os animais e plantas do planeta são, de alguma forma, consumidores, apesar de serem produtores também. A idéia de consumo presente neste texto, e normalmente adotada quando nos referimos à sociedade, é o consumo monetário, isto é, o consumo mediante o uso da moeda. Vivemos, portanto, em uma sociedade de consumo mediado pela moeda. Uma sociedade de trocas, mercantil, também chamada capitalista, por usar o dinheiro, um dos possíveis sinônimos para a palavra capital, como meio primordial de troca. Isto significa que o trabalho produtivo, aquele que importa para a sociedade, é sempre remunerado em dinheiro. Para chegar neste tipo de sociedade uma longa evolução dos processos sociais de produção e troca foi necessário, e a vida nesta nossa sociedade de consumo é fruto de um longo processo de aprendi

Aquisição recente

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Nesta última semana comprei um Opala 1978, amarelo, como é possível ver nas fotos que seguem. O fato de defender cidades mais sustentáveis, com melhores opções de transporte para facilitar a mobilidade das pessoas não é motivo para que eu me transforme num destes xiitas raivosos que odeiam tudo que se move em quatro rodas. Não é meu caso. Tenho carteira desde os 18 anos; comprei meu primeiro carro aos 21 anos e sei dirigir desde os 14 anos. Estas questões todas me fazem um apaixonado por estas máquinas fascinantes que foram inventadas para a locomoção. Gosto muito de automóveis. Desde criança leio revistas sobre o assunto e sou assinante da Quatro Rodas. Também acompanho sempre o site Best Cars, que na minha opinião é o melhor sobre o assunto. Adoro motos também, uma paixão tardia, já que apesar de ter aprendido a andar ainda adolescente, só me apaixonei por motos mesmo depois de grande, aos 23, quando meu irmão tirou a carteira e comprou sua primeira moto. Na sequência comprei uma par