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Mostrando postagens de abril, 2010

SÓ A AUSTERIDADE LIBERAL SALVA

Por Fernando R. F. de Lima. O acontecimento recente na Grécia, com risco de moratória e necessidade de socorro do FMI e da União Européia, me fez relembrar os tempos de faculdade, em que a esquerda raivosa, petista, do PSOL, do PSTU e tantos outros diziam que a receita neoliberal do FMI só servia para os países pobres, que aquilo era uma ingerência nos assuntos nacionais, uma submissão aos interesses estrangeiros, etc. Pois aí está a Grécia para desmentí-los. A Grécia, com Portugal e Espanha na esteira, sem deixar de lembrar que a Islândia também tropeçou feio com a crise, nos traz de volta a lição de que, independentemente do tamanho de uma economia, seja de um país ou de uma empresa, é impossível permanecer por muito tempo vivendo no vermelho, isto é, gastando mais do arrecada e recorrendo a empréstimos o tempo todo. Uma hora o ajuste deve ser feito. Com a crise atual, vários governos passaram a gastar mais do que arrecadam, elevando déficits e colocando dinheiro público em inves

RETALIAÇÃO COMERCIAL E TAXAS DE JURO: HAVERÁ ALGUMA RELAÇÃO ENTRE ELAS?

Por Fernando R. F. de Lima   Recentemente, uma medida da OMC ganhou o noticiário: o Brasil, vencedor numa disputa com os EUA sobre o subsídio dado aos produtores de algodão, recebeu o direito a uma retaliação aos produtos americanos, como automóveis, bens vendidos com direitos autorais e outros produtos em geral. O Brasil, contudo, ao invés de aplicar a retaliação resolveu negociar com os americanos. A medida parecia a primeira vista contrariar a política externa mantida pelo governo Lula, ou então indicava a possibilidade de um acordo vantajoso com os EUA em alguma outra área, como o etanol, por exemplo. No final das contas, uma medida de grande pragmatismo marca a não aplicação das sanções aos produtos americanos, e a razão é mais óbvia do parece a primeira vista. O aquecimento da economia no segundo semestre de 2009, apontado pelas pesquisas conjunturais realizadas pelo IBGE, aponta também para uma elevação nos preços. Esta elevação está relacionada a expansão do crédito para o co

Calor, Chuvas e agora a umidade do ar

Por Fernando R. F. de Lima               No telejornal matinal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, de hoje (22/04/2010), foi apresentado em tom alarmante as dificuldades pelas quais tem passado as cidades Brasil afora. No início do ano a onde de calor evidenciou problemas relacionados ao calor, sobretudo o desconforto térmico e os riscos à saúde de idosos e crianças. Na seqüência, as chuvas que caíram primeiramente em São Paulo, depois no Rio de Janeiro e por último na Bahia, que causaram a morte de dezenas, em alguns casos centenas de pessoas. Por fim, recentemente, os problemas relacionados à baixa umidade relativa do ar, que tem afetado grande parte do país, sobretudo nas regiões sudeste e centro-oeste. Para não repetir o que muitos têm dito, vou me concentra neste última questão, que volta a tona e torna-se a medida que o inverno se aproxima. A umidade relativa do ar cai quando aumentam as temperaturas e diminuem as chuvas. O problema, contudo, não está na baixa umidade apenas. O pro