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MARCO DO SANEAMENTO BÁSICO ESTÁ FADADO AO FRACASSO.

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Por Fernando R. Ferro O Brasil virou um país de memes já faz algum tempo. Mas nos últimos meses, precisamente desde janeiro do ano passado, a coisa desandou. O país se tornou um fantasma do que poderia ser. A decadência completa não veio porque algumas instituições estão impedindo que o país chafurde na lama de modo completo. Entre estas instituições estão o STF e o Congresso Nacional. Pois é. A presidência da república decaiu tanto que o Congresso e o STF tornaram-se os últimos bastiões da república. Os governadores, obviamente, não têm feito papel melhor, com poucas exceções. Nestas poucas exceções, sem grandes méritos, dá pra incluir o governador de São Paulo, João Dória, que ainda mantém um pouco de sanidade. Talvez por isso ainda reste um pouco de dignidade no país, tendo em vista que São Paulo é o estado mais importante e responsável por 1/3 do PIB. Agora voltando ao tema da presidência, a lista de infâmias do presidente é ridiculamente alta. A começar pelo fracasso complet

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SÓ O SUPÉRFLUO É ESSENCIAL

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Por Fernando Ferro Algumas pessoas estavam debochando porque nestes dias de quarentena uma grave crise econômica se abateu sobre o país. A razão é que a economia entrou em colapso quando as pessoas passaram a consumir somente o que é essencial. Ou seja: deixando de lado tudo aquilo que é considerado “supérfluo”, nossa sociedade entra em colapso. Pra ter uma ideia do tamanho do buraco, cerca de 50% das famílias já relataram perda de renda neste período de 3 a quatro semanas de quarentena. Neste meio tempo, vale uma reflexão: o que é essencial? O governo, por decreto, baixou uma resolução dizendo quais serviços poderiam parar e quais deveriam permanecer abertos. Postos de combustível, farmácias e mercados deveriam permanecer abertos, enquanto barbearias, shopping Center, academias de ginástica e lojas de roupa deveriam ser fechados. Uma lista mais extensa de serviços compõem a lista do que é ou não essencial. Do que é ou não permitido. Entre as atividades cortadas, estão inclusive

Sobre mobilidade urbana

Por Fernando Ferro Na cidade de Curitiba, nesta última semana de agosto, a Câmara de Vereadores discute a aprovação de um pedido de autorização de empréstimo da administração municipal para a modernização da linha “Inter 2”, que é uma das principais linhas de ônibus da capital. A meta do prefeito é modernizar o corredor viário por onde passa esta linha de modo a aumentar a velocidade e a capacidade do transporte para com isso reverter a queda no número de passageiros transportados. Um dos fatos apresentados foi que a velocidade média da linha caiu de 37 km/h para 23km/h ao longo dos mais de 20 anos que ela existe e a razão apontada é o aumento no número de veículos nas ruas. Obviamente, tudo isso faz sentido. A mobilidade urbana cresceu nos últimos anos. As pessoas se deslocam cada vez mais, fazem mais viagens, passam menos tempo em casa e utilizam formas mais diversas de transporte. A participação do transporte coletivo diminuiu, inclusive com uma redução substancial do número viag

A Democracia não é a melhor forma de governo

Por Fernando R Ferro Atribuída a Churchil, há uma frase que diz que a democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as outras. De fato, essa é uma frase muito famosa, por trás da qual se escondem bons e maus democratas. Mas a verdade é que a democracia não é uma forma de governo, nunca foi, ao menos não no sentido de governar efetivamente. É fácil comprovar essa tese quando analisamos as teorias de gestão e vemos as gigantescas diferenças de resultados apresentada entre as boas práticas de gestão e aquelas empregadas pelo setor público, de uma forma geral. Isso porque há, em geral, uma confusão entre os propósitos da democracia e a definição do que é um governo. Mas para esclarecer antes de complicar, vou começar definindo o que entendo ser a democracia. A democracia ou “poder do povo”, é um sistema de SUCESSÃO DE GOVERNO, e certamente é o melhor sistema de sucessão de governo já criado ao longo da história da humanidade. Isso porque, tradicionalmente, se entendem várias

CADEIRINHA NOS AUTOMÓVEIS E EXAME TOXICOLÓGICO – porque a medida do Bolsonaro é ruim.

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Por Fernando Raphael Ferro. Outro dia no a página Consciência Patriótica do Facebook publicou um texto com os seguintes dizeres: “A cadeirinha não foi proibida! Se você precisa de lei para proteger o seu filho, o problema não é o Bolsonaro, é você!”. Obviamente me manifestei em tom jocoso com a seguinte frase: “   O raciocínio faz sentido. Mas deveria ir além. Tem que acabar com outras obrigatoriedades: uso de cinto de segurança, carteira de motorista, airbag e ABS em veículos novos, dirigir sóbrio e por aí vai. Afinal, multa nunca impediu ninguém de fazer nenhuma dessas coisas, não é mesmo? Pra que uma lei obrigando então? Escrevi este texto enquanto dirigia só pra mostrar que a lei que proíbe dirigir e mexer no smartphone também não funciona e deveria ser revogada. ” Choveram respostas. Algumas educadas, outras nem tanto. Uma das pessoas argumentou, percebendo o espírito do que eu escrevi, que seguir neste raciocínio deveria implicar na revogação da proibição do aborto. Outro

INVESTIMENTO É A ÚNICA SOLUÇÃO

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Por Fernando R. Ferro O Estado de S. Paulo trás no dia de hoje, 20 de maio, matéria de Lucina Dyniewicz tratando do fato de que, cinco anos após o início da recessão, nenhum setor produtivo voltou ao patamar pré-crise. A retomada já é a mais lenta da história do país. Obviamente, o fato de que a capacidade ociosa anda muito elevada é apontado como o grande obstáculo à retomada dos investimentos, que são o motor de qualquer crescimento econômico. Mas devemos atentar a algumas questões importantes: O Brasil, desde o início da quinta república, tem sido um país com baixas taxas de investimento. O setor privado investe pouco e o investimento público dependeu, historicamente, das ações da Petrobrás. Desde 2014, o investimento da Petrobrás praticamente cessou, e com isso, a Formação Bruta de Capital Fixo no país despencou. Além disso, informações preliminares do IBGE apontam para queda de 40% nos investimentos do setor público no ano 2017, o que certamente deve levar a taxa de invest