Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2012

AS INCOERÊNCIAS DO PLANALTO

Imagem
Por Fernando R. F. de Lima. Que o PT sempre foi um partidozinho mequetrefe, cheio de larápios, espertalhões e idiotas, eu nunca duvidei. O que não imaginei é que esta miopia fosse tão grande a ponto de manter estratégias de longo prazo que não são capazes de gerar qualquer retorno positivo para a sociedade além da manutenção do status quo de quem já chegou ao poder. No caso específico, vou falar da política sobre o petróleo e os combustíveis em geral porque recentemente esta questão motivou um debate na Folha de S. Paulo, no qual muitas “otoridade” financiadas pelo partido defenderam uma suposta visão de longo prazo do governo petista na questão do petróleo. Neste sentido, vale destacar que a gestão da Petrobrás tem sido desastrosa desde que Lula assumiu o poder. Além de partidarizar postos que deveriam ser técnicos, as tentativas fracassadas de reduzir a inflação via controle de preços tem levado o que deveria ser uma bem sucedida política energética de longo prazo, que se

Atualizações no Blog

Imagem
Por Fernando R. F. de Lima Hoje realizei algumas alterações no blog para aproximar um pouco mais minha produção virtual, que são as mais de 190 postagens que este blog já possui, da minha produção acadêmica, que é muito menos numerosa e igualmente irrelevante. Contudo, para aqueles que quiserem ter uma idéias das coisas que eu já publiquei, o acesso fica facilitado através do link superior da página chamado textos acadêmicos e publicações em revistas. Não são muitos os textos, apesar de eu ter disponibilizado apenas os que considero mais relevantes, se eu fosse incluir todos os textos não haveria muito mais coisa para inserir. O fato é que é mais uma opção para que os leitores, tanto aqueles interessados em geografia, quando aqueles que se interessam pelos temas gerais do blog, possam saber um pouco mais sobre o que tenho escrito e os diversos assuntos nos quais me intrometo. Como será fácil perceber, há na publicação acadêmica uma grande variedade de temas, assim como nos textos

LIBERALISMO NÃO É CONSERVADORISMO: ou porque eu não apoio o ARENA

Imagem
Por Fernando R. F. de Lima Li na Folha de S. Paulo de hoje que a estudante de direito Cibele Baginski, 23 publicou ontem, dia 13 de novembro, no diário oficial, o programa do Partido que tentam refundar, o ARENA (Aliança Renovadora Nacional). Na década de 1960, foi este o partido que deu apoio ao regime militar, quando a oposição legalizada estava toda agrupada no MDB. Este grupo, liderado pela senhoria Baginski, tem como objetivo claro criar um partido “de direita”, colocando-se, acima de tudo, contra os diversos partidos de orientação ou inspiração marxista. A seguir, seguem os objetivos do partido, conforme publicados no DOU de ontem: “Art. 2º. A ARENA tem por objetivos: I - O desenvolvimento de uma sociedade justa e com qualidade de vida estrutural e cultural-educacional; II - Incentivo ao nacionalismo brasileiro; III - Promover o avanço científico, por meio de políticas públicas, fornecer o básico para a dignidade humana de acordo com a Declaração Universal dos Dir

LOS ANGELES: A CIDADE DO AUTOMÓVEL

Imagem
Por Fernando R. F. de Lima. Entre muitos adjetivos possíveis, Los Angeles é a cidade do automóvel. Talvez por causa de Hollywood, quando penso no American way of life a cidade que me vem à mente é L.A. Muitas avenidas, muita gente diferente misturada, muitos idiomas, muita riqueza e muito contraste entre ricos e pobres. O mais fascinante, contudo, são os milhões de carros na cidade. Segundo o LADOT , L.A. tinha em 2009 1,66 milhões de trabalhadores com idade superior a 16 anos e 2,5 milhões de veículos registrados, isto apenas na Cidade de L.A. Deve-se ressaltar que sua área metropolitana tem mais de 17 milhões de habitantes e a proporção de veículos se mantém. Ainda de acordo com o documento da Prefeitura da Cidade, 79,5% dos angelinos se deslocavam para o trabalho de carro, van ou pickups, sendo que apenas 10,3% utilizavam transporte público que não fosse táxi. E apesar do uso intenso dos automóveis, o tempo médio de deslocamento de cada trabalhador situava-se em 29 minutos

PROPOSTA DE SOLUÇÕES PARA O TRANSPORTE COLETIVO EM CURITIBA

Imagem
Por Fernando R. F. de Lima Uma maneira de reduzir significativamente os custos por quilômetro rodado seria realizar toda a cobrança de forma indireta, ou seja, realizar toda a movimentação de passageiros por meio de cartões eletrônicos. Desta forma, seriam eliminadas as perdas por assaltos a ônibus e empresas e seria reduzido o risco de fraudes. Além disso, seria possível diminuir significativamente os custos trabalhistas com a demissão de milhares de cobradores de ônibus (uma medida certamente impopular).  Com a economia realizada, seria possível disponibilizar mais ônibus (contratar mais gente), sem elevar o valor da tarifa. Além disso, seria possível realizar embarques mais rápidos na cidade. A compra dos cartões poderia ser realizada em máquinas dispostas em locais de grandes volumes e no comércio local dos bairros, próximos a pontos de ônibus. Introduzir algum sistema de desconto para compra antecipada seria outra alternativa para induzir o uso de formas de paga

RESENHA: Mulheres, de Charles Bukowski. Tradução de Reinaldo Moraes.

Imagem
Por Fernando R. F. de Lima.           Se os livros tivessem aquela classificação indicativa que bem atrás dos jogos de video game e dos filmes, a maioria dos livros de Bukowski ficaria reservada para maiores de 16 anos, e este livro, Mulheres, para maiores de 18. O tema sexo e violência está presente em todo o livro. Menos violência e mais sexo, diga-se de passagem. Mas é um tipo de literatura despretensiosa, que me agrada, porque a leitura pode ser feita sem o menor compromisso. Muito do que lemos em Bukowski, com seu estilo autobiográfico, (“ficção é a vida melhorada”, diz uma frase atribuída a ele), é como a vida mesma: vazia e sem sentido na maior parte do tempo, mas iluminada por alguns momentos de grandeza. Para ilustrar o que digo, destaco duas passagens: “A segunda luta foi boa também. A galera berrava e urrava e se empapuçava de cerveja. Eles tinham fugido provisoriamente das fábricas, armazéns, matadouros, postos de gasolina, e estaria de volta ao cativeiro no dia seg