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Mostrando postagens de agosto, 2007

Em defesa do transporte individual

        Recentemente adquiri uma motocicleta para realizar meus deslocamentos diários, e abandonei de vez o ônibus. Nos dias de chuva eu circulo de ônibus ou de carro, conforme a distância ou conveniência. Nos dias de sol, eu vou de moto, economizando tempo e dinheiro. Em um mês de uso, eu rodei com meu veículo aproximadamente 700 quilômetros e fiz uma pequena viagem com 300 quilômetros no total. A média tem sido de 25 km/l o que significou 40 litros de gasolina, ou R$ 100,00, já que a gasolina está custando mais ou menos R$ 2,50 o litro. Minha esposa faz trajetos parecidos com o meu, usando o carro, rodando mais ou menos 700 quilômetros por mês. Ela gasta dois tanques de 60 litros num mês normal, o que significa R$ 150,00. O carro faz mais ou menos 12 km/l, ou seja, menos da metade da moto e, do mesmo modo, leva uma única pessoa.             A minha moto é maior e mais gastadora do que a média, porque eu sou maior que média das pessoas e viso uma utilização mais voltada para

TRIBUTOS E REPRESENTAÇÃO – PARTE 3 – OS PRINCÍPIOS NORTEADORES DE UMA REFORMA TRIBUTÁRIA LIBERAL

            Minha posição sobre o papel dos tributos na formação de uma sociedade democrática já foram explicitados nos dois artigos anteriores. Agora de forma muito breve, procurarei deixar algumas observações que acredito serem importantes para levar adiante um reforma tributária que realmente amplie a participação popular no governo, e leve o Brasil a uma busca por eficiência nas esferas públicas e, consequentemente, privada.             O primeiro ponto que creio ser fundamental numa reforma tributária, é garantir que todos os impostos sejam pagos diretamente pelos consumidores, e que a arrecadação de impostos se dê ao máximo na esfera regional/estadual. Seria uma inversão do modelo para o qual o Brasil tem caminhado nos últimos anos. Ao invés de uma centralização da cobrança de tributos, deveria haver uma descentralização. O objetivo dessa descentralização seria levar o cobrador de impostos para perto do cidadão, para que ele passasse a "sentir na carne" o peso dos imp

TRANSPORTE PÚBLICO VS. TRANSPORTE INDIVIDUAL – UM CUSTO NÃO CONTABILIZADO

            Em outras oportunidades neste blog já foram tratadas as questões pertinentes ao planejamento urbano e a questão dos transportes. A greve dos metroviários em São Paulo , no entanto, me faz voltar ao tema. Isso porque além dos custos que são contabilizados em favor do metrô e dos transportes públicos em geral, dificilmente são incluídos o custo político de se manter um sistema estatal de transporte. A greve que está ocorrendo desde ontem em São Paulo é o maior exemplo disso que podemos ter no Brasil.             Os sindicalistas do metrô não se importam em utilizar os 20 milhões de habitantes da metrópole de São Paulo como reféns em seu plano para receber mais dinheiro; do mesmo modo, não se incomodam em fazer isso para protestar contra possíveis ameaças às suas "conquistas". Despudoradamente eles usam a população para atingir seus fins, fato que é comum às pessoas de pretensões totalitárias, e ainda dizem estar agindo em interesse da coletividade.