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CONSIDERAÇÕES SOBRE O FRACASSO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.

Na edição da revista exame de 24 de setembro, a matéria de capa trata do fracasso brasileiro na educação. Seu título, bem sugestivo, é A Burrice Mata. As inúmeras deficiências que o país possui, que vão do marco regulatório confuso, judiciário ineficiente, corrupção generalizada no legislativo e executivo, além de uma infra-estrutura muito ineficiente, são completados por uma educação de nível baixíssimo, a pior entre os emergentes segundo a reportagem. Com esse quadro de desvantagens comparativas não é de se assustar que o Brasil seja o emergente de menor crescimento econômico no mundo. Quando o candidato de uma nota só bate repetidamente na tecla de que a educação é a única saída para o país, ele não deixa de ter razão. Mas a questão que nos propomos a tratar é que tipo de educação. Se avaliarmos os indicadores de educação, veremos que nos últimos 30 anos o país vêem progredido no assunto: foi reduzida a evasão escolar e a repetência, aumentaram os índices de alfabetização, o númer

A Sociedade Aberta

A expressão Sociedade Aberta foi utilizada por Karl Popper para descrever as sociedades democráticas que tem por característica principal o projeto civilizacional que reconhece o indivíduo como valor supremo a ser defendido. É a sociedade do individualismo. Individualismo, correntemente, tem dois significados. Por um lado refere-se aquilo que pertence ou que é próprio de um indivíduo. O individualismo assim tomado é a “ideologia” que defende o direito a autenticidade de cada um. Mas o individualismo também pode ser tomado pelo significado de egoísmo. E é nesse segundo sentido que seus críticos costumam empregá-los. A este mesmo projeto de sociedade aberta referiu-se Hayek como a Grande Sociedade. Essa Grande Sociedade seria aquela em que prevaleceria o império das regras gerais, em oposição às regras discricionárias. Essencialmente não há qualquer diferença entre a sociedade aberta de Popper e a Grande Sociedade de Hayek. Ambas pressupõem a imparcialidade das leis e o individualismo c

Observações

Quando falo em "o liberalismo defende", e outras coias semelhantes, deve-se ter em mente que assim é o liberalismo tal qual eu o defendo. Este situa-se dentro da tradição liberal da velha escola inglesa e da posterior linha de austríacos. O liberalismo não se limita, portanto, a uma teoria econômica, ou a preceitos para a economia do país, mas numa visão de mundo que abarca a sociedade humana por inteiro. Numa outra oportunidade detalharei isso.

LIBERDADE PARA IR E VIR: VELHA BANDEIRA LIBERAL

O Liberalismo possui várias faces, algumas das quais muito mais populares que outras. No artigo anterior eu comentei sobre a desigualdade vista a partir de um ponto de vista do liberalismo. Para melhor compreender as desigualdades de população no planeta terra, podemos levar em consideração a questão da liberdade para ir e vir. A teoria econômica considera que existem, em linhas gerais, três fatores de produção: terra, capital e trabalho. No nosso mundo de distribuição imperfeita de fertilidade, clima, relevo, etc., o primeiro fator de produção é aquele, digamos, dado pela natureza. Não pode mover-se. O capital e as pessoas movem-se em direção às melhores ofertas de recursos naturais, sejam solos, florestas ou minerais. O desbravamento de fronteiras e a colonização são as formas mais pacíficas de deslocamentos em busca de terras marginais. A conquista, a guerra e o imperialismo as mais agressivas. Na história do mundo tivemos, portanto, momentos de maior mobilidade do trabalho, como te

Desigualdade e Liberalismo

Desigualdade e Liberalismo     Há uma crença generalizada no país que de o liberalismo e as políticas ditas de direita, ou mais especificamente, neoliberais, são a causa da desigualdade e da torpe distribuição de renda no país. Essa crença está respaldada numa compreensão grotesca do que é o liberalismo, e do que esta ideologia pretende e, ao mesmo tempo, confunde com a vertente política do liberalismo aspectos da economia política que não são em si nem liberais nem anti-liberais. Um exemplo bem claro disso são as chamadas teses do consenso de Washington. Em si, elas não representam uma necessidade de implantação de políticas neoliberais, apenas apontam algumas reformas que seriam necessárias para garantir a existência de uma economia de mercado estável e próspera nos países da América Latina, mas, por extensão, em todo o mundo. E o curioso é que nos países da AL uma parte dessas políticas foram implementadas, mas a grande parte delas não, com a notável exceção de p

Um Recomeço

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Este novo blog abrigará alguns textos do Blog Antigo e textos novos. Procurarei seu mais rápido nas postagens do que fui no blog anterior, o qual eu pretendo eliminar com o passar do tempo. Antes eu tinha algo como 3 leitores, de modo que espero poder ampliar minha audiência com este novo blog. Para tanto, procurarei trabalhar mais. Aos que acessarem o site, saibam que poderão enviar textos para a publicação caso sintam vontade. Espero fazer deste espaço um espaço para divulgação de livros, artigos e temas que tenham a ver com o liberalismo, e sobretudo, com o combate ao marxismo.Espero também que os leitores sejam mais frequentes, e conto com a colaboração de todos para que possa antigir o maior número de pessoas possível.