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Mostrando postagens de agosto, 2014

O LIBERALISMO BRASILEIRO MERECE MAIS QUE UM PASTOR EVERALDO

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Por Fernando R. F. de Lima.            Anteontem, no debate da Band, pude conhecer mais de perto o candidato Pastor Everaldo, quem vem tendo boa repercussão nesta campanha por conta de sua bandeira liberalizante em termos econômicos. Pela primeira vez em muitos anos, vemos um candidato defendendo abertamente a livre iniciativa, o livre mercado e as privatizações, tendo, inclusive, como bandeira a privatização da Petrobrás.             Mas, como tudo na vida, há um porém. Um grande porém. O Pastor Everaldo, apesar das boas ideias que defende não deixa de ser um energúmeno. Vocabulário pobre, retórica vacilante, discurso evasivo, ausência de propostas concretas além da repetição do mantra privatizar, privatizar, privatizar, ele não se distancia em estilo da candidata do PSOL Luciana Genro que, ao contrário dele, quer coletivizar, coletivizar, coletivizar.             O liberalismo e o conservadorismo são duas doutrinas políticas caracterizada pela grandeza de seus intelectuais. At

ENSINO NO BRASIL: COMO AVANÇAR?

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Por Fernando R. F. de Lima.             Estimulado pelo amigo Anselmo Heidrich e seu breve texto sobre o legado educacional de Paulo Freire , me sinto tentado a especular sobre os caminhos a serem percorridos para avançarmos nesta que é hoje a maior fragilidade do Brasil. Antes que me digam que isto não é da minha conta, respondo antecipadamente que é. E por vários motivos. Primeiramente, sou licenciado em Geografia, portanto legalmente habilitado para trabalhar como professor. Depois, tenho alguns anos de experiência no magistério, desde a antiga quinta série do ensino fundamental até o nível universitário. Além disso, sou aluno, atualmente, de um curso de graduação em engenharia, onde posso contemplar minhas próprias deficiências em minha formação em matemática e, por fim, sei que a péssima qualidade do ensino afeta diretamente as possibilidades de aumento da produtividade do trabalho e da economia como um todo.             Dado este breefing , seguimos para a grande questão

VÍCIOS DOS GEÓGRAFOS E UMA SAÍDA PARA A GEOGRAFIA

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Por Fernando R. F. de Lima. A geografia, enquanto disciplina acadêmica, sempre foi uma área de conflitos epistemológicos. Não apenas no século XXI, mas desde sua origem, a geografia sempre esteve no limiar entre ciência e charlatanismo. Assim a discussão primeva era se esta seria uma ciência de síntese, enciclopedista, ou uma ciência analítica, positiva, capaz de fazer o que as tradicionais ciências duras faziam. No meio tempo desta discussão, o que acabou ocorrendo foi a especialização das diversas áreas. Assim, não se falava mais em geografia, mas em geomorfologia, geologia, climatologia, biogeografia e cartografia, pra ficar nas mais famosas, enquanto do outro lado a geografia ficava cada vez mais isolada das outras ciências humanas, ou tentava ir a reboque delas. Os casos em que a geografia mais se distanciou das outras ciências dizem respeito às análises especiais das relações econômicas e sociais. Enquanto a economia, por exemplo, seguiu uma tentativa de modelar e explic