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Mostrando postagens de abril, 2008

MAIS UMA SOBRE CRISE DE CRÉDITO

              No texto anterior acabei não abordando duas outras questões sobre o crédito no Brasil. Apenas 30% da população do país desfruta do benefício do acesso ao sistema bancário, seja para ter uma conta corrente, poupança ou modalidade de crédito. Além disso, destes 30%, cerca de 60% usam a conta apenas para receber o salário, que é logo em seguida sacado e guardado em casa. Isto significa que uma parcela muito pequena da população tem acesso ao crédito para comprar veículos ou casas.             Por isso um crise sub-prime me parece impensável no país hoje, porque as taxas de bancarização estão crescendo aceleradamente, expandindo a base de clientes dos bancos, e fazendo com que mais e mais pessoas cheguem ao sistema para amortizar uma eventual crise com as classes mais abastadas.             Ao contrário dos EUA, o déficit imobiliário no Brasil impediria uma queda acentuada no preço dos imóveis, e uma conseqüente desvalorização em massa dos ativos. Temos que lembra

CRISE SUB-PRIME NO BRASIL

por Fernando Raphael               Nos últimos meses vários são os economistas de plantão que têm se dedicado ao tema do crédito sub-prime no Brasil. Eles alardeiam este fato para diversos setores, mas o crédito para a venda de automóveis é o mais mal visto nos últimos tempos. A hipótese básica proposta por estes economistas consiste na idéia de que o índice de inadimplência nos financiamentos de veículos novos irá crescer nos próximos meses, ou no próximo ano, em função dos prazos dilatados para a compra dos automóveis, o que irá ter um impacto negativo no mercado de veículos, com desvalorização dos semi-novos e usados, e queda nas vendas dos automóveis novos.             Há porém um fator que creio crucial para fazer uma previsão desta envergadura: a falta de informações disponíveis. Isto porque não há em nenhum dos textos que tratam desta questão alguma informação sobre qual a porcentagem de veículos novos sendo financiados em relação aqueles que são comprados a vista. Não p

Pretensão pouca é bobagem

Acho que os consultores do governo francês andaram lendo meu blog! hehehehe! Veja a notícia na Folha de S.Paulo sobre a acusação de prática de dumping de biocombustível no Brasil. Os encargos que beneficiam carros a álcool são: IPI e IPVA mais barato para carros a álcool, alícota reduzida da CIDE, mais de R$ 580,00 por m³ na gasolina contra R$ 50,00 por m³ no álcool, tributação menor de ICMS e IPI nos produtos agrícolas que na cadeia produtiva dos derivados de petróleo, além de menores custos trabalhistas num setor que noutro. Do ponto de vista da eficiência energética, tem um texto, com dados do Balanço Energético Nacional que mostra que o álcool, mesmo o brasileiro, não é mais eficiente que a gasolina. Sem estes subsídios indiretos o álcool não seria mais barato que a gasolina, e portanto vantajoso. Daí a suspeita de que tem francês lendo meu blog! http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0404200804.htm Sarkozy acusa Brasil de dumping em biocombustível DA FOLHA ONLINE O presid