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Mostrando postagens de 2008

FECHANDO O ANO

Esta é a última postagem do ano no Blog, e eu gostaria de aproveitar para fazer algumas considerações, agradecimentos e, novamente, promessas. As principais dizem respeito à periodicidade do blog. Me esforcei para atingir a meta de um texto por semana, mas infelizmente passei longe dela. Seriam 52 textos, mas o máximo que consegui foram 32, contando este, obviamente. Alguns não chegam a ser textos, mas comentários sobre notícias. Não sei, contudo, se isto é realmente ruim. Talvez devesse, até, ter escrito menos.             Como sabe a maioria de meus leitores, pelo menos dos leitores que conheço, não sou jornalista e não tenho pretensão de sê-lo um dia. Sou um geógrafo, pesquisador, que dou meus pitacos sobre economia, política, planejamento urbano entre outros. Além disto, sou estudante de doutorado, e pesquisador de um instituto público. Portanto, tenho várias atividades que em determinadas épocas me tomam mais tempo. Atualmente o blog está entre as atividades que mais me satisf

REGULAÇÃO PARA QUEM?

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A crise internacional e os novos “escândalos”, com gente esperta sendo enganada por outros mais espertos ainda, despertou o sentimento de que a saída para este buraco em que a humanidade parece estar metida neste fim de ano é a regulação. Regulação mais intensa, mais rígida e mais ampla, internacional, apartidária, abrangente e fiscalizadora. Na verdade, alterações na regulamentação das atividades econômicas estão em curso no mundo todo. A introdução de uma nova legislação para a contabilidade no Brasil, em sintonia com o IFRS (International Financial Report Standards), está seguindo as alterações nos EUA e em vários outros países. De certa forma, todas as grandes empresas e aquelas da capital aberto no mundo seguirão as mesmas normas para sua contabilidade, e passarão igualmente por pareceres de contabilistas registrados para poderem ter acesso a crédito (tanto monetário quanto de credibilidade mesmo). Mas estas alterações não são suficientemente amplas para saciar a sede de regulaçã

Trigésima postagem no blog

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Com este texto, chego a trigésima postagem do ano no blog. Não pelo fato de ser muita coisa, mas pelo fato de ser uma marca que se iguala às postagens do ano de 2007, me parece um número a comemorar. Além disso, já somo mais de 60 textos escritos, alguns mais longos, outros mais curtos, mas textos próprios, sem contar aqueles que escrevi e não tive coragem de postar. Ao mesmo tempo que chego a este texto, me parece necessário colocar que um dos meus mais assíduos leitores, que sempre me estimulou a escrever e fez comentários sobre meus textos já não lê mais o blog. O leitor do qual estou falando é meu amigo Cesar Colla, falecido no dia 12 de novembro deste ano, aos 58 anos. Colla era uma figura diferente das outras pessoas que eu conheci. Primeiramente porque era a única pessoa da sua geração que eu conhecia que se dizia abertamente positivista. Tenho amigos calvinistas, católicos, budistas, adventistas, agnósticos e ateus, mas ele era o único positivista. Sua crença na religião da hu

SOBRE SÍMBOLOS E SONHOS

  Ontem, quarta-feira, 19 de novembro, o jornal nacional trazia como matéria de destaque o desespero dos diretores de Ford, General Motors e Chrysler para conseguir a aprovação no congresso de um pacote de US$ 25 bilhões para impedir a falência destas três empresas, que estão em sérios apuros financeiros. Sem o pacote, diziam os diretores, as empresas não conseguiriam terminar o ano. Não haveria dinheiro em caixa, tampouco condições para financiá-lo, de modo que a declaração de falência torna-se uma opção (ou falta de) real. Então aparecem aqueles americanos conservadores que clamam pelo salvamento das empresas, que são um "símbolo" do capitalismo americano. Eles pedem "salvem nossos empregos" para o governo americano, por conta da concorrência desleal com os japoneses, chineses, coreanos, europeus, mexicanos, etc. O último governo a "salvar" os fabricantes de automóveis foi o governo Reagan, e ai vem a questão de que símbolo eles querem salvar. As

Morte e Vida de Grandes Cidades - Jane Jacobs

RESENHA - MORTE E VIDA DE GRANDES CIDADES: CRÍTICA AO PLANEJAMENTO URBANO MODERNISTA E ALGO MAIS. por Fernando R.   "Existem hoje muitas pessoas que desejam o bem de seus países e acreditam que a coisa mais útil que elas e seus vizinhos poderiam fazer para consertar a situação seria poupar mais do que costumam... Em determinadas circunstâncias, isso estaria perfeitamente certo, mas nas circunstâncias que vivemos é um erro. Suponham que todos nós deixássemos de gastar nossas rendas e decidíssemos poupá-las por inteiro. O resultado é que todo mundo perderia o emprego. E não demoraria para que não restasse renda a gastar... Agora é hora de os governos locais se ocuparem de toda espécie de melhora sensata... Li alguns dias atrás sobre uma proposta para construir uma nova via, um bulevar largo, paralelo ao Strand, do lado sul do rio Tâmisa, unindo Westminster à City... Mas eu gostaria de fazer algo ainda maior. Por exemplo, por que não derrubar todo o sul de Londres, de Westmin