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Mostrando postagens de agosto, 2013

UMA INOVAÇÃO COM UMA VELHA IDEIA

Por Fernando R. F. de Lima O prefeito de São Paulo agiu corajosamente ao implantar faixas exclusivas para ônibus em grandes avenidas de São Paulo, o que teve como impacto imediato o aumento da velocidade dos coletivos em relação aos automóveis particulares. Em alguns corredores, como o norte-sul inaugurado ontem (12 de agosto de 2013), o aumento de velocidade foi de 100%, superando os automóveis em 40 minutos no mesmo trajeto. Para a cidade de São Paulo, isto foi uma inovação, apesar da ideia ser muito antiga, ao menos em Curitiba. Aqui na terrinha, os ônibus contam com faixas exclusivas segregadas do trânsito há mais de 30 anos. Claro que nosso sistema poderia ser mais amplo, mas a resistência dos motoristas é sempre muito grande a este tipo de medida, porque significa redução do espaço destinado aos automóveis, enquanto a pista dos ônibus parece, em vários momentos, ociosa. No entanto, este tipo de medida é muito importante para otimizar o transporte coletivo, melhorando a ve

INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA

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Por Fernando R. F. de Lima. Com o adiamento pela enésima vez do leilão para concessão do trem bala, além dos escândalos relativos a formação de cartel na concorrência pelo metro de São Paulo, cabe a pergunta: investimentos de larga escala em infraestrutura são economicamente viáveis sem a intervenção do governo? Outra questão pertinente é: se não são economicamente viáveis, até onde é pertinente insistir nestes investimentos? Normalmente, para avaliar a viabilidade de um investimento em infraestrutura são consideradas algumas variáveis chaves que dizem respeito, basicamente, a três dimensões: econômica, técnica e ambiental. Ás vezes pode se considerar uma quarta dimensão, mais difícil de mensurar, que seria a social. Do ponto de vista técnico, é necessário que haja tecnologia disponível para poder realizar a obra. Imagine construir um túnel ferroviário ligando São Paulo a Curitiba. Agora pense na viabilidade técnica de se fazer esta obra. Será possível? Há tecnologia disponível?