A IRRELEVÂNCIA BRASILEIRA

Por Fernando R. F. de Lima

Em reação às declarações desastrosas da diplomacia brasileira em relação a guerra entre Israel e o Hamas, os diplomatas de Israel afirmaram que o país é um Anão Diplomático, além de ser irrelevante. Alguns colegas enfezados foram logo em defesa da “pátria amada”, outros posicionaram-se contra Israel, acusando-os inclusive de genocídio.

No entanto, qualquer um que não seja bobo ou cego por alguma ideologia logo vê que a desproporcionalidade dos ataques ocorre contra Israel e não contra a Palestina. A coisa começa assim: o Hamas foi eleitos pelos Palestinos para representa-los. O Hamas utiliza o dinheiro tomado de seus cidadãos via impostos, doações voluntárias e recebidos de terceiros (doadores sauditas, sírios, iraquianos, ou qualquer outra fonte) para adquirir armas, foguetes e construir túneis para permitam acesso ao território de Israel para a prática de atentados. E o próprio Hamas decidiu impor uma ofensiva militar com o envio de milhares de foguetes exclusivamente em direção a alvos civis em Israel.

Sendo, assim, é de se esperar que Israel iniciasse uma ofensiva para mitigar ou, no mínimo, diminuir os ataques ao seu território, e foi exatamente isto o que o Estado de Israel fez. Iniciou uma ofensiva aérea e terrestre para destruir as plataformas de lançamento de mísseis, e também uma ofensiva terrestre para destruir todos os túneis abertos para invadir seu território. A questão, é que o Hamas tem por práxis instalar alvos militares ao lado de instalações civis, como hospitais, escolas, conjuntos residenciais, prática considerada crime de guerra, mas não relatada pela grande maioria da imprensa.

Ainda assim, antes de atingir estes alvos, Israel tem por prática informar seus moradores, para que possam sair antes do ataque das instalações. O Hamas, contudo, considera as pessoas que obedecem à ordem para se retirar dos locais de ataque como colaboracionistas ao exército de Israel, pelo que são ameaçados. Isto é, o Hamas, condena seus cidadãos a sofrer o ataque do inimigo, amplamente veiculado na mídia, para tirar proveito político disto. Boa parte da mídia brasileira acaba comprando estas imagens como um exemplo da crueldade israelense, quando na verdade elas são prova da falta de caráter dos líderes Palestinos.

Até quando vamos escolher o lado errado? E hora da
diplomacia brasileira reavaliar seus conceitos e se apro
-ximar das democracias, como Israel.

E nossa república, que desde 2003 tem feito as piores escolhas no campo diplomático, ficando ao lado do Irã, da Venezuela, contra o povo de Honduras e do Paraguai que democraticamente escolheram depor presidentes corruptos e tirânicos, nossa república que se calou diante das agressões da Rússia à Ucrânia, que se calou diante da guerra civil na Síria, do genocídio no Sudão, resolve criticar a única democracia que existe e que provavelmente jamais existirá no Oriente Médio, que é Israel, colocando-se ao lado de um grupo que, apesar de eleito pelo povo Palestino, tem como único objetivo destruir o Estado de Israel.

Realmente, nossa postura é ridícula, indefensável e puramente ideológica, sem qualquer benefício pragmático ou humanitário para o país. As forças policiais brasileiras certamente vitimam mais cidadãos inocentes, ou pelo menos que não passaram por um julgamento que atestasse sua culpa, do que as vítimas feitas por Israel, por conta, sobretudo, da postura do Hamas de colocar seus cidadãos em situação de risco. Somos absolutamente irrelevantes, e assim continuaremos enquanto estivemos sempre escolhendo o lado errado das causas.

OS: Excluí muita gente do meu facebook, porque considero que as posturas expostas contra o Estado de Israel correspondem a preconceitos cuja origem é comuno-nazi-fascista.