O LEGADO DE THATCHER
Por Fernando R. F. de Lima
Não sendo grande conhecedor da biografia
pessoal da ex-primeira Dama britânica, me atrevo a escrever sobre seu legado
para o mundo como um admirador e militante da causa liberal. Em minha opinião,
o maior legado de Thatcher foi mostrar ao mundo que uma política de redução do
tamanho do Estado é viável mesmo numa sociedade absolutamente intoxicada por
ideias socialistas. Ela levantou a bandeira do bom senso, que diz que as
pessoas devem lutar por aquilo que desejam e não esperar que caia do céu, seja
um objeto de luxo, seja o pão (ou o leite) de cada dia.
Thatcher também foi uma grande defensora do
Estado Nacional, contra a União Europeia ou a ONU no que diz respeito a
direitos e deveres na comunidade internacional. Não tolerou a agressão da
Argentina, utilizando o poder da dissuasão militar para mostrar que a soberania
de um país deve ser sempre inviolável. Neste ponto, apesar da redução do
tamanho do Estado na economia, manteve a importância desta na manutenção da
Lei, da Ordem e da Soberania Nacional.
Thatcher não teve medo de enfrentar a
oposição cultural, nem de lutar contra o crime organizado travestido de
sindicalismo. Defendia em alto em bom tom seus ideais liberais, que dão valor à
livre iniciativa, ao trabalho e a capacidade de inovar, inventar e correr atrás
da própria sobrevivência que existe em cada um de nós. Neste ponto, ela não
tratou o povo como idiotas dependentes de proteção, mas como cidadãos autônomos
capazes de perseguir seus próprios objetivos.
A Dama de Ferro entra para história mundial
como a mulher que mostrou aos homens que é possível outro mundo é possível, desde
que significa mais liberdade e não mais Estado. Um mundo em que o conceito de
justiça se aplica à ideia de que todos são iguais perante à lei, por mais
únicos que sejam em seus objetivos e resultados. Este é o único igualitarismo
que funciona, e foi por meio de sua aplicação em larga escala, em todos os
setores da vida social, que Thatcher conseguiu tirar a Inglaterra de uma longa
decadência que se estendia desde a segunda guerra mundial.
Na minha opinião, repito, de admirador desta
senhora, este é o legado que devemos valorizar. Quem sabe um dia no Brasil um
senhor ou uma senhora terão coragem de repetir estes passos e colocar nosso
país na rota do desenvolvimento de uma vez por todas.
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