Pedalada Noturna em Curitiba
Todas as terças-feiras tem pedalada noturna em Curitiba, com concentração na praça Garibaldi, no Largo da Ordem. Até onde sei, há alguma tensão entre "A Turma dos Velhinhos", que fazem o "Curitiba Biki Night" nas quintas a noite e a Pedalada organizada pela prefeitura. O da prefeitura tem batedores do diretran e água de graça, pelo que me contaram. O outro é auto-organizado. Nunca fui às quintas, mas vou hoje, na terça-feira. Ontem fui pedalar a noite também. Fiz o trajeto que estou acostumado mas no sentido contrário. Como sempre, há um lado bom e um ruim em andar de bicicleta em Curitiba. O bom é que quase não há diferença de velocidade em relação ao carro ou a moto. Levei 30 minutos da minha casa até o centro, sendo que se os motoristas fossem um pouquinho mais educados eu poderia ter ido pela Victor Ferreira do Amaral e levado uns 3 minutos a menos. De carro eu levo o mesmo tempo, e de moto algo como 20 minutos.
O problema maior é a segurança. Muitos motoristas não respeitam o ciclista, cortando a frente ou entrando na rua mesmo quando você está vindo na preferencial. Outro fator é a velocidade. No plano, me desloco a uma média de 25 km/h, enquanto em boa parte das ruas os motoristas vão a 60 km/h. Mas o pior de tudo são os ônibus. Passam perto das bicicletas, tocam em cima da gente e ainda soltam aquela fumaça horrível de diesel. Andar nas canaletas do biarticulado, por incrível que possa parecer, é a opção mais segura, em minha opinião, porque são poucos os ônibus que por ali trafegam. O que falta, na minha opinião, é transformar a faixa de estacionamento de um dos lados das canaletas de ônibus em ciclovias. Amplas, asfaltadas, segregadas das calçadas, permitindo desenvolver uma boa velocidade média, tanto no plano, quanto nas subidas. As atuais ciclovias, mesmo aquelas novas, como a da Toaldo Túlio, são uma piada. São feitas para Montain Bike ou corrida de obstáculos. As poucas exceções são os trechos de ciclovia entre o Centro Cívico e o Parque São Lourenço, ao longo do Rio São Lourenço, e o Trecho da ciclovia do Alto da XV que é paralelo à linha do trem, entre o Polo Shopping e o Ahú. Devem totalizar, juntos, uns 15 km. O resto é lixo.
Obviamente, há milhares de quilômetros de ruas perfeitamente aptos para o tráfego de bicicletas. Infelizmente, falta, nestas mesmas ruas, respeito ao tráfego compartilhado. Também falta asfalto de verdade nos bairros. Estes remendos absurdos que fazem podem ser bons para evitar a poeira (tenho minhas dúvidas), mas são péssimos para o tráfego sobre pneus de menos de 2 centímetros de largura sem suspensão. Fosse o asfalto liso, eu poderia, tranquilamente, aumentar em pelo menos uns 5 km/h minha velocidade média, sobretudo nas decidas. Agora vou pedalar mais um pouco. Quero ver se emagreço mais que o Zeca Camargo do Fantástico nestes próximos meses. Estou (novamente), com 106 kg, que espero reduzir para uns 96 kg até o meio do ano.
Fernando R. F. de Lima
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Comentários
E aí, você está conseguindo ?