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Mostrando postagens de outubro, 2012

TRANSPORTE COLETIVO

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Por Fernando R. F. de Lima No texto anterior comentei alguns dos desafios do novo prefeito da cidade no que diz respeito ao transporte coletivo. Aqui vou trazer algumas informações que ilustram o que eu disse no último texto. Começo pela afirmação de que o número de passageiros tem se reduzido. Esta afirmação é uma meia verdade: em termos absolutos, o número de passageiros transportado cresceu, como é possível ver no gráfico Passageiros Transportados. Contudo, ele cresce numa taxa inferior ao crescimento demográfico. De fato, o único ano em que o número de passageiros encolheu foi entre 2009 e 2010, uma vez que este foi o ano da Gripe Aviária, que teve impacto semelhante em diversos segmentos que reunião grandes aglomerações de pessoas. Contudo, a recuperação nos dois anos seguintes foi muito lenta, a menos de 1 % ao ano.    A segunda questão, que pode ser tomada como um indicador genérico de conforto, é número de passageiros por viagem realizada. Entre 2006 e 2011 este número

DESAFIOS DO PRÓXIMO PREFEITO DE CURITIBA

Por Fernando R. F. de Lima O Sr. Gustavo Fruet, eleito prefeito de Curitiba neste último fim de semana, terá uma série de desafios a enfrentar. Um deles, não desprezível, é dar continuidade ao que vem sendo feito sem comprometer com isso suas propostas de mudança. Isso porque, ao longo dos últimos 24 anos, Curitiba tem sido governada por um mesmo grupo, o que trás benefícios e também certos vícios administrativos. Como mudar o que deve ser mudado sem alterar o que deve continuar? Quais políticas deverão ter continuidade? As políticas públicas que eu considero mais nocivas à cidade serão mantidas: entre elas está o "Armazém da Família", que é um mercado mantido pela prefeitura que vende certos gêneros alimentícios a preço de custo. Em relação as postos de saúde, provavelmente a política de ampliação da rede também deve continuar, apesar de saber que no atual estágio de desenvolvimento da cidade o mais importante é trabalhar em ações preventivas. Mas dois proble

CARACTERIZAÇÃO DO ESPRAIAMENTO URBANO

Por Fernando R. F. de Lima As grandes cidades vivem um dilema, sobretudo no Brasil: espalham-se mais ou concentram-se? O espraiamento urbano, numa tradução livre e quase literal da expressão inglesa urban sprawl , que está associada diretamente à criação dos subúrbios ingleses, é uma realidade tanto em grandes quanto em pequenas cidades brasileiras. Podemos indicar que um subúrbio é, por definição, uma área de baixas densidades habitacionais, inferiores ao limiar de 20 habitantes por hectare. Esta referência é obtida por meio da construção de ruas largas, sinuosas, com lotes individuais para a construção de residências unifamiliares ou então pela construção de edifícios isolados cercados por grandes extensões de área verde (gramados, parques e/ou bosques). O subúrbio apresenta algumas vantagens estéticas e, aparentemente, vantagens ambientais. Por exemplo, um subúrbio impede grandes aglomerações humanas, e induz a uma convivência de vizinhança semelhante a de uma cidade pequ