DE 2000 A 2010 – UM RELATO AUTO-BIOGRÁFICO
DE 2000 A 2010 – UM RELATO AUTO-BIOGRÁFICO
Fernando R. F. de Lima.
Este ano se encerra aquela que posso chamar de primeira década de minha vida profissional e pessoal relativamente independente. Comecei-a como calouro da UFPR e a concluo em vias de entregar a versão para defesa de minha tese de doutorado. Em 2000, no revellion de 1999/2000 eu ainda era um secundarista que sabia que iria fazer o curso de geografia da UFPR e nada mais. Estava apreensivo em relação ao futuro por conta de uma ex quase namorada grávida e o não saber o que fazer dali em diante com aquela responsabilidade que me aguardava.
Em maio de 2000 nasceu minha filha, Eliene, com quem eu ainda demoraria mais uns anos para conviver diariamente. Não conhecia minha esposa, Indiara, não tinha emprego, não tinha nada. Morava com meus pais em Campo Largo e isso era tudo por aquela época. Conheci o Luis, meu orientador no mestrado e doutorado. As coisas foram acontecendo ao longo da década de modo gradual, como costuma ser. Em 2001, já com 18 anos, comecei a auto-escola, para tirar a carteira de motorista, onde conheci a Indiara. Mais tarde, conheci meu amigo Cesar Colla e sua esposa Ivânia. Na faculdade, nada de significativo, exceto que comecei a estudar francês.
Em 2002 passei num concurso público para trabalhar na Sanepar, onde fiquei por três meses; tive que trancar algumas disciplinas, mas logo depois retornei ao ritmo normal na faculdade. Fiz parte de um projeto de iniciação científica, que na verdade não tinha muito de científico, e comecei a trabalhar com ensino, jovens e adultos. Em 2003 foi um estágio na Emater e também foi o ano do final da faculdade.
Em 2004 conclui a faculdade e comecei o curso de mestrado. Certamente foi um dos anos mais loucos da minha vida. Fiquei noivo, comecei a trabalhar numa escola, passei num concurso para professor substituto em Ponta Grossa, na UEPG e fiz tudo isso ao mesmo tempo, em duas cidades diferentes. Foi o ano em que eu comprei meu primeiro carro, um Tipo, e em que ganhei mais ou menos uns 20 quilos a mais do que eu tinha.
Quando acabou o ano de 2004, eu saí da UEPG e fiquei apenas no colégio, como professor. Me casei em janeiro de 2005 e me concentrei em terminar o mestrado. Isso também só é verdade em partes. Neste ano, junto com alguns colegas tentamos montar uma espécie de colégio ou cursinho, onde funciona o Centro Positivista do Paraná. O projeto não deu certo, e ao final do ano eu prestei outro concurso, desta vez para o Ipardes. No final do ano eu recebi a notícia da minha aprovação e pedi demissão do colégio onde trabalhava.
Em 2006, a segunda metade da década comecei de modo promissor: concluí meu mestrado em geografia consegui o emprego de pesquisador do Ipardes, compramos um apartamento e, obviamente, fiz novos amigos. Vários, que me acompanham até hoje. No final deste ano fiz o processo de seleção do doutorado e fui aprovado. No início de 2007 comecei o doutorado. Este também foi o ano em que tirei minha carteira de motociclistas e em que comprei minha primeira moto.
No ano seguinte minha filha veio morar comigo, e a rotina diária passou a incorporar mais uma pessoa. Vendi minha moto e passei a fazer exercícios regularmente. No final do ano rompi o ligamento do joelho esquerdo, que me levaria a passar por uma cirurgia no início de 2009. Depois de ter atingido 123 kg, comecei a emagrecer. 2009 foi marcante pela cirurgia no joelho, que me levou a um processo de recuperação que foi relativamente rápido e passei a pedalar com maior regularidade. Quem acompanha o blog sabe que foi o ano do ciclismo. Participei de uma prova de triátlon no fim do ano e viajei para o Centro Oeste do Brasil de carro.
Este ano, 2010, foi um bom ano em vários sentidos: em termos de bens materiais, eu comprei uma moto nova, troquei de carro e arrumei um segundo emprego, como professor numa rede particular. Também estou finalizando o meu doutorado e minha filha terminou a quarta série e inicia um novo ciclo escolar. Participei de algumas corridas de rua. Infelizmente, tive menos tempo para dedicar ao blog, mas ainda assim consegui atualizá-lo com alguma regularidade.
No cômputo geral, acho que esta foi uma boa década, cheia de realizações pessoais, em que eu termino melhor do que comecei. Em relação ao futuro, tenho tantas, e talvez até mais dúvidas do que tinha no início desta década. Em 2020, minha filha completará 20 anos e eu 38. Profissionalmente, não sei o que estarei fazendo daqui a 10 anos. Por inércia, imagino que em alguns vários sentidos estarei melhor do que hoje. Um abraço a todos os meus amigos e aos leitores do Blog e um Feliz Ano Novo. Espero que os próximos dez anos sejam tão cheios de realizações para vocês quanto os dez últimos foram para mim.
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