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Mostrando postagens de outubro, 2013

BRASILEIRO GASTA MAIS TEMPO EM DESLOCAMENTO CASA-TRABALHO, APONTA ESTUDO DO IPEA.

Por Fernando R. F. de Lima.             O IPEA realizou um estudo com base nos dados da PNAD sobre deslocamento urbanos que indica que os brasileiros estão gastando mais tempo no deslocamento casa-trabalho na comparação com os dados de 2008. Para ficarmos nas conclusões, cito um parágrafo que julgo interessante: Do ponto de vista do tempo de deslocamento casa-trabalho, grande parte da população (66%) gasta até 30 minutos nesse percurso diariamente, mas há uma clara tendência de piora em função do crescente aumento da taxa de motorização da população, conjugado 17 com a falta de investimentos públicos nos sistemas de transporte público ao longo das últimas décadas.(IPEA, 2013) [1] Um percentual relativamente grande da população gasta menos de 30 minutos para realizar o chamado “commuting”, o que pode ser considerado um tempo relativamente baixo. Obviamente, as cidades onde este tempo é maior são as maiores: São Paulo e Rio de Janeiro. Engana-se, contudo, quem pensa que em São P

EVOLUÇÃO VERSUS NATURALISMO ou porque teólogos não devem se meter com matemática.

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Por Fernando R. F. de Lima.              No dia 14 de outubro foi publicado no Mídia sem Máscara um texto do teólogo Alvin Plantinga sobre a irracionalidade de se crer ao mesmo tempo no evolucionismo e no naturalismo, sendo este último o modo como ele define o ateísmo stricto senso, que nega até mesmo a causa primeira aristotélica ou outras formas de conceber o princípio do mundo. O autor, Alvin Plantinga, é professor do departamento de teologia de Yale e, aparentemente, esta sua argumentação, que vou reproduzir como citação longa, é uma importante contribuição para a desmistificação do ateísmo, principalmente, da irracionalidade de se crer em evolucionismo e naturalismo, como ele define, ao mesmo tempo. O  que me motivou a escrever este texto, contudo, é um grosseiro erro de interpretação da teoria da probabilidade que, uma vez corrigido, tira o embasamento da tese central do Plantinga. O cerne do argumento é o seguinte: Então considere qualquer crença particular da uma parte de

DESIGUALDADE DE RENDA E JUSTIÇA SOCIAL – A VIDA COMO ELA É

Por Fernando Raphael Ferro de Lima. Com o aperfeiçoamento dos métodos censitários e a melhoria das ferramentas estatísticas, uma preocupação nova entrou no ideário dos cientistas sociais: a desigualdade, antes algo abstrato, e a pobreza, manifesta na carência de meios mínimos para a sobrevivência, passaram a ter um novo amparo com as medidas de desigualdade de renda. Assim, as justiça social num país não se manifestaria apenas pela existência de boas leis, bom padrão de vida e boas oportunidades para levar a vida como bem entender: justiça social implicaria a menor desigualdade de renda possível. Para medir a desigualdade de renda se utiliza, usualmente, dois índices de concentração, sendo o mais “popular” o coeficiente de Gini. Com posse deste índice, diversos demagogos e ideólogos se puseram a declarar que as condições sociais melhoraram ou pioraram em função da maior ou menor desigualdade entre as rendas das pessoas. Sociedades mais justas teriam menor desigualdade de renda,