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Mostrando postagens de abril, 2009

NÃO HÁ RESPOSTA SIMPLES PARA SOLUCIONAR A CRISE

Um dos resultados da crise internacional dos sub-prime que estourou no segundo semestre do ano passado é o reavivamento do debate sobre as teorias econômicas do "mainstream" e os "outsiders". Há tempos que se discute se a teoria econômica deve ser mais keynesiana ou mais neoliberal ou conservadora. A discussão sobre os pacotes e as alternativas para superar a crise levou mesmo a frases e questões como esta abaixo: "Se antes os bancos eram acusados de emprestar muito agressivamente, agora eram acusados de muito conservadorismo. Se os americanos eram acusados de consumismo irresponsável, agora demandavam mais gastos deles. E o próprio governo, que tanto pregou a luta por casas mais acessíveis, estava agora fazendo de tudo para evitar a queda nos preços das casas. Para onde foi a meta de casas acessíveis? Woods questiona se algum traço de pensamento racional ainda pode ser encontrado em meio a tanta insanidade." (Constantino, R.) [i] Aqui está uma que

PONTO DE VISTA SOBRE A PROIBIÇÃO DO CIGARRO

Recentemente o governo do Estado de São Paulo aprovou uma lei que proíbe o uso de tabaco (cigarros, charutos e cachimbos) em bares e restaurantes. A lei foi muito mal vista, suscitando comentários em liberais/libertários que vêem na medida um avanço do Estado sobre os costumes, que deve ser barrado. Entre os argumentos que li e ouvi estiveram alguns como: "primeiro a bebida (referindo-se à lei seca) depois o cigarro e futuramente os obesos". As pessoas estão vendo estas medidas como um avanço do Estado sobre a liberdade das pessoas de beberem, fumarem e futuramente comerem. Obviamente, este tipo de lei é um restrição imposta aos restaurantes, já que limitam o uso de seus ambientes para o consumo de tabaco, que ainda é uma substância com venda legalizada. Contudo, esta lei anti-tabaco não pode ser interpretada da mesma forma que uma lei que proibisse a venda e a circulação do cigarro no país. A razão é a seguinte: ela é uma lei que altera as regras de funcionamento dos res

UMA QUESTÃO DE DENSIDADE - PARTE 2

No bairro onde moro, na rua onde moro, é possível perceber que dificilmente há mais de 50 residências por quarteirão. Apesar disto, boa parte das áreas deste quarteirões estão impermeabilizadas, seja por telhados, seja por calçadas. Os terrenos do bairro são, em geral, antigos. Na época em que o Bairro Alto foi loteado, o normal era dividir os quarteirões em terrenos de 500 m². Cada quarteirão tem aproximadamente 100 metros de lado, resultando em 10000 m² ou 20 lotes Estes lotes foram ocupados por uma família, normalmente, e por famílias pobres e médias em seu começo. Com isso, a densidade demográfica do bairro era muito baixa. Com o passar dos anos a pressão por residência levou grande parte das famílias que ocupavam um único terreno a construir mais casas nestes lotes, de modo que hoje é muito comum que os terrenos tenham pelo menos 3 casas cada um. Às vezes as casas novas eram construídas para fins de aluguel, às vezes para servir a um filho ou filha recém casado. Mas tarde, a ocupa