EVOLUCIONISMO SOCIAL?
A liberdade é o terreno fértil no qual floresce a invenção. Por isso, países livres desenvolveriam mais facilmente o conhecimento científico, que depende da livre-investigação, e alcançariam melhores resultados bélicos, porque haveria mais espaço para a criação de armas e táticas. O equilíbrio disso tudo estaria na capacidade de se manter um conjunto de leis que preservam a liberdade, econômica, política e intelectual, de um lado, e as leis que podem ser alteradas para favorecer ou desestimular certos comportamentos, de outro. A evolução do direito e da sociedade seria resultado dessa combinação dos melhores acertos sociais, e o resultado seria um corpo não muito homogêneo de leis que favorecem a convivência social, apesar de suas eventuais lacunas.
Muitos economistas têm embasado essa hipótese lógica com estudos que mostram a influência das instituições no desenvolvimento dos países. O próprio Michael Porter, em "A Vantagem Competitiva das Nações" procura mostrar isso. Fala, por exemplo, de como o mercado de varejo japonês influenciou o desenvolvimento da produção just in time, ou ainda como as peculiaridades das leis alemãs de trânsito favorecem o desenvolvimento de veículos de alto desempenho. Ele procurar dizer que determinadas práticas, antes limitadas a determinados países, podem, no mercado global, serem adotadas por mais países, por se constituírem em práticas melhores e mais eficientes. Esse argumento é tido por muito como uma importante externalidade positiva imposta pelo comércio internacional, já que a exposição a um ambiente competitivo faria com que as empresas se sentissem estimuladas a inovar, sob pena de fecharem as portas.
O ponto ao qual eu queria chegar com tudo isso é: até onde as práticas defendidas por movimentos de minorias, como o movimento gay, feminista, negro, dos sem terra, etc., são realmente capazes de criar instituições sociais que favoreçam o aperfeiçoamento moral, técnico, econômico e social do ser humano? Até onde é viável um sociedade formada nas premissas defendidas apontadas por Olavo de Carvalho como pertencentes ao movimento revolucionário global, se é que de fato existe um?
Por que cargas d'água o povo que vive sob constante ameaça de tiroteios no Rio de Janeiro,
26/06/2007 - Fernando Raphael Ferro de Lima.
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