Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2010

DIFERENTES MEIOS PARA O MESMO FIM

Imagem
Por Fernando R. F. de Lima.             Para realizar uma viagem, temos muitos meios. Desde o mais simples e utilizado de todos, caminhar, até veículos espaciais, as chamadas astronaves ou espaçonaves. Dentro de uma cidade, contudo, as opções são mais limitadas. Um adulto comum, com uma carta de habilitação A/B, tem de quatro a cinco opções principais para realizar um trajeto simples, como ir de casa para o trabalho. Cada um apresenta vantagens e desvantagens.             O automóvel é o meio predileto da grande maioria das pessoas, apesar de ainda não ser o mais utilizado. Mas em geral, o automóvel ainda é um dos grandes sonhos de consumo da maioria da população, junto com a casa própria e a estabilidade financeira. De certa forma, o automóvel e o se tamanho dizem muito sobre as realizações da pessoa e fala também um pouco sobre sua personalidade (ou sobre aquilo que ela gostaria que as pessoas pensassem de sua personalidade). O carro é o grande símbolo pop da nossa sociedade, e é pra

BRASIL POTÊNCIA?

Outro dia meus alunos me perguntaram se o Brasil poderia virar um potência mundial por causa do pré-sal. Minha resposta foi categoria: não. Porque dinheiro, ao contrário do que muitos pensam, nem sempre é sinônimo de poder. Mas o Brasil pode virar um potência? Sob certos aspectos, o Brasil já é uma potência, apesar disto ser mais verdade do ponto de vista econômico do que militar. Somos hoje a 8ª maior economia do mundo, e isto já nos coloca num seleto grupo de potências econômicas. Militarmente, somos ainda muito fracos, mas por outro lado, estamos bem isolados do resto do mundo. O Brasil, apesar de não possuir muita coisa em poder de dissuasão militar, é capaz de incomodar qualquer projeto de invasão externa, e tem poder suficiente para pacificar seus vizinhos, caso seja necessário. E do ponto de vista diplomático, apesar das trapalhadas do governo Lula, ainda temos uma boa respeitabilidade. O Brasil tem, por outro lado, um calcanhar de Aquiles: é a educação. A qualidade da forma

CENÁRIO OTIMISTA PARA 2011

Apesar das incertezas, o PIB Chinês acelera e a economia americana dá sinais claros de recuperação. No mundo todo aumenta a demanda por insumos e, com isso, o preço das commodities brasileiras continua subindo. O investimento estrangeiro também continua aumentando, o que permite que o governo tenha um ganho de receitas e possa dispensar o retorno da CPMF. Apesar da reclamação da indústria, o câmbio baixo permite um ano tranqüilo, com inflação baixa, o que reduz a taxa de juro, o que pressiona ainda menos as contas do governo por conta da redução do serviço da dívida. A redução dos juros leva as empresas a investirem em aumento da capacidade de produção e a contínua redução na taxa de desemprego permite que o governo apresente uma reforma trabalhista leve, dando mais flexibilidade ao emprego temporário e ao aumento na jornada de trabalho, sem muita gritaria dos sindicatos. Também é apresentado um projeto de reforma bancária que leva a um aumento da competição entre bancos, o que tem

CENÁRIO PESSIMISTA PARA 2011

Por Fernando R. F. de Lima. Continuando o exercício de imaginação para o próximo ano, vou fazer um cenário pessimista para o governo Dilma. A primeira notícia péssima seria uma desaceleração no crescimento do PIB chinês. Com isso, o preço das commodities sofreria uma pressão para baixo. Além disso, imaginemos uma super-safra de soja no mundo, assim como um ano com boas chuvas na Austrália. Isso levaria a uma queda ainda maior no preço das commodities. Além disso, para reverter a queda no PIB, a China resolve acentuar a compra de dólares, com forma de aumentar sua competitividade externa, o que leva os americanos a adotarem medidas protecionistas ainda mais severas. Internamente, o consumo continuaria aumentando, uma vez que a o aumento da renda real tem duas causas: a elevada taxa de ocupação e os ganhos salariais proporcionados pela valorização do câmbio: com isso as importações continuam crescendo, apesar de uma queda de receita nas exportações. Isso deveria forçar o câmbio para

A ELEIÇÃO DE DILMA

Por Fernando R. F. de Lima Apesar de realmente ter havido uma possibilidade concreta de o presidente de maior popularidade em fim de mandato da história democrática do Brasil não ter feito seu sucessor, no final as previsões de que a Dilma ganharia se concretizaram. O PT, e o Lula em particular, trabalharam em peso para eleger o sucessor e garantir que 25 mil petistas não ficariam desempregados no dia 1º de janeiro de 2011. Agora, diante de nós, restam os mesmos desafios que havia antes da eleição, a serem enfrentados pelo menos preparado dos dois candidatos. Muitos estão atribuindo a eleição do PT ao atraso do Nordeste, à sua população analfabeta ou pobre, mas o fato é que a vitória de Serra foi apertada em praticamente todos os Estados com exceção de Roraima, onde o povo, ao contrário do Amazonas, odeia o PT. E a vitória de Dilma, do ponto de vista político, não é nenhum fenômeno, uma vez que dificilmente um presidente bem aprovado deixa de fazer o sucessor. Os desafios para o