CENÁRIO PESSIMISTA PARA 2011
Por Fernando R. F. de Lima.
Continuando o exercício de imaginação para o próximo ano, vou fazer um cenário pessimista para o governo Dilma. A primeira notícia péssima seria uma desaceleração no crescimento do PIB chinês. Com isso, o preço das commodities sofreria uma pressão para baixo. Além disso, imaginemos uma super-safra de soja no mundo, assim como um ano com boas chuvas na Austrália. Isso levaria a uma queda ainda maior no preço das commodities. Além disso, para reverter a queda no PIB, a China resolve acentuar a compra de dólares, com forma de aumentar sua competitividade externa, o que leva os americanos a adotarem medidas protecionistas ainda mais severas.
Internamente, o consumo continuaria aumentando, uma vez que a o aumento da renda real tem duas causas: a elevada taxa de ocupação e os ganhos salariais proporcionados pela valorização do câmbio: com isso as importações continuam crescendo, apesar de uma queda de receita nas exportações. Isso deveria forçar o câmbio para um processo de desvalorização, mas isto pressionaria os preços. O BC, para evitar aumentar ainda mais a taxa de juros, resolve começar a manter a taxa de câmbio baixa, vendendo dólares das reservas.
Para conter os gastos do governo, a CPMF volta a circular, o que reduz ainda mais a competitividade do Brasil. Os problemas de corrupção por conta das obras da copa aumentam, e as medidas equivocadas do governo levam a uma redução na entrada de capital estrangeiro no Brasil, o que força ainda mais o câmbio para uma desvalorização. Nesta altura, já estávamos chegando em dezembro, o dólar batendo em R$ 1,90 novamente só que, ao invés de comemorar, o governo fica preocupado porque não há espaço para a produção doméstica aumentar (falta mão de obra e capital) e as importações são o único meio de segurar os preços sem mexer nos juros. Sem saída, o BC aumenta os juros, terminando o ano em 14%. E isto ainda é o primeiro ano de governo Dilma.
Continuando o exercício de imaginação para o próximo ano, vou fazer um cenário pessimista para o governo Dilma. A primeira notícia péssima seria uma desaceleração no crescimento do PIB chinês. Com isso, o preço das commodities sofreria uma pressão para baixo. Além disso, imaginemos uma super-safra de soja no mundo, assim como um ano com boas chuvas na Austrália. Isso levaria a uma queda ainda maior no preço das commodities. Além disso, para reverter a queda no PIB, a China resolve acentuar a compra de dólares, com forma de aumentar sua competitividade externa, o que leva os americanos a adotarem medidas protecionistas ainda mais severas.
Internamente, o consumo continuaria aumentando, uma vez que a o aumento da renda real tem duas causas: a elevada taxa de ocupação e os ganhos salariais proporcionados pela valorização do câmbio: com isso as importações continuam crescendo, apesar de uma queda de receita nas exportações. Isso deveria forçar o câmbio para um processo de desvalorização, mas isto pressionaria os preços. O BC, para evitar aumentar ainda mais a taxa de juros, resolve começar a manter a taxa de câmbio baixa, vendendo dólares das reservas.
Para conter os gastos do governo, a CPMF volta a circular, o que reduz ainda mais a competitividade do Brasil. Os problemas de corrupção por conta das obras da copa aumentam, e as medidas equivocadas do governo levam a uma redução na entrada de capital estrangeiro no Brasil, o que força ainda mais o câmbio para uma desvalorização. Nesta altura, já estávamos chegando em dezembro, o dólar batendo em R$ 1,90 novamente só que, ao invés de comemorar, o governo fica preocupado porque não há espaço para a produção doméstica aumentar (falta mão de obra e capital) e as importações são o único meio de segurar os preços sem mexer nos juros. Sem saída, o BC aumenta os juros, terminando o ano em 14%. E isto ainda é o primeiro ano de governo Dilma.
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