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Mostrando postagens de junho, 2009

ALGUMAS RAZÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DOS SUBÚRBIOS NOS EUA

Por Fernando R.   Quando falo sobre as razões para o crescimento dos subúrbios nas grandes cidades, sempre aponto para aspectos que não estão diretamente relacionados com este tipo de moradia e habitação em si, mas com escolhas do estado que mostram o poder do intervencionismo no desenvolvimento urbano. A primeira das formas de subsídios aos subúrbios é a construção de grandes sistemas de transporte rodoviário, que nos EUA ficou manifestado nas "freeways" e inter-estaduais, cuja construção tomou forço depois da segunda guerra mundial, no governo de Dwight D. Einsenhower. As rodovias inter-estaduais não foram pensadas para facilitar a expansão suburbana das cidades; seu objetivo era favorecer a logística interna dos EUA, facilitando a condução de cargas e tropas dos mais diferentes pontos do território nacional de forma rápida, eficiente e barata. Elas foram inspiradas no sistema alemão de rodovias, pensadas como parte do programa nacional de defesa. Contudo, eram inte

O PROCESSO DE CRÍTICA

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O processo de crítica, seja na ciência ou na vida pessoal, é um processo necessário para aprender mais sobre o que fazemos. Eu cresci ouvindo a palavra crítica como sendo uma coisa negativa, algo destrutivo, depreciativo, que levava as pessoas a se sentirem pior. Tanto que para destacar diferenças entre a crítica destrutiva e a crítica necessária, as pessoas costumavam dizer que havia a crítica destrutiva e a crítica construtiva. Mais tarde, entrei na faculdade de geografia, e para os não geógrafos, basta dizer que a corrente de pensamento mais influente é conhecida como geografia crítica. Não que a geografia crítica fizesse críticas construtivas à sociedade: seu objetivo, ao contrário, era desmascarar, desmistificar, demolir e de preferência substituir a sociedade “capitalista burguesa”. Logo cedo, eu me opus a esta visão simplificada do que deve ser a ciência, e no feriado de Corpus Christi eu acabei pensando em algumas definições que agora trago ao público neste texto. Afinal de con

A IMPORTÂNCIA DA TAXA DE JUROS BÁSICA E O CUSTO DE OPORTUNIDADE

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Hoje em dia é consenso entre os economistas de que as coisas não possuem um valor intrínseco, dado, por exemplo, pela quantidade de trabalho ou de tempo destinado a produzi-lo. Durante muitos anos, mesmo no Brasil, as pessoas se guiavam ainda pela ultrapassada teoria do valor trabalho , que foi inicialmente desenvolvida por Adam Smith, e, sobretudo por David Ricardo e incorporada pelas teorias socialistas, principalmente a de Karl Marx. A teoria do valor-trabalho dizia que o valor de algo era o tempo (em horas de trabalho) gasto para produzi-la. Esta teoria obviamente, tinha muitas falhas, como por exemplo, a dificuldade em compreender porque algumas coisas não tinham o mesmo valor que outras apesar do mesmo tempo gasto para produzi-las. Também entrava em desacordo com algumas idéias que iam surgindo como a que toda oferta gera sua própria demanda (lei de Say, proposta por Jean Baptiste Say). A idéia de "valor trabalho" foi substituída pela teoria da "utilidade m