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Mostrando postagens de abril, 2007

POR QUE A CHINA ESTÁ CRESCENDO TÃO LENTAMENTE?

POR QUE A CHINA ESTÁ CRESCENDO TÃO LENTAMENTE?     Neste texto, vou fazer uma resenha, apesar de não ser exatamente este o termo, do artigo intitulado "Why is China growing so slowly", publicado na Foreing Policy , por Martin Wolf. A pergunta pode parecer fora de propósito, mas relaciona-se inclusive com o texto anterior deste blog. A questão colocada pelo autor relaciona-se com um explicação para o crescimento econômico Chinês. E coloca que, apesar de impressionante, ele não é um recorde mundial, já que o Japão, entre 1950 e 1973 teve um aumento de 443% na sua economia, enquanto a China atingiu entre 1978 e 2003 o valor de 339%, uma média de 6,1% ao ano.     No entanto, o autor ressalta que na China o recorde é na taxa de investimento, que chega a 40% do PIB. O Japão, neste período, tinha uma taxa de investimento na casa dos 30%, e os chamados tigres asiáticos, Coréia do Sul, Taiwan possuíam taxas inferiores aos 30% ao ano. Sendo assim, o taxa de investimento na economia ch

A MARCHA DO “LIBERALISMO” CHINÊS

A MARCHA DO "LIBERALISMO" CHINÊS     O crescimento econômico chinês traz, de modo cada vez mais recorrente, a questão do quão lentamente tem crescido a economia dos outros países, em especial do Brasil. E traz também a discussão do que faz a economia chinesa crescer tão rapidamente. As explicações dadas são várias: vão desde as altas taxas de poupança interna, os grandes investimentos estatais em infra-estrutura, o grande esforço para a qualificação da mão-de-obra e o desenvolvimento de alta tecnologia. Também há fatores como a mão-de-obra barata, a estabilidade política, e os incentivos dados a implantação de empresas no país.     É óbvio que a China está se desenvolvendo a passos largos, com taxas de crescimento invejáveis, e com uma constância que faz com que o ritmo pareça ainda mais impressionante. E realmente os fatores listados acima trazem a tona as qualidades do modelo chinês, que atualmente parecem incontestáveis. No entanto, meu ponto de vista, é que a China é, at

VOLTANDO AOS TRANSPORTES

VOLTANDO AOS TRANSPORTES Talvez fosse importante ressaltar que no texto anterior, tratando da questão do transporte de massas vs. transporte individual, eu acabei por não deixar clara a resposta do título do texto. Afinal de contas, qual a melhor opção? Todos os meses mais de 100 mil pessoas compram automóveis zero quilômetro, sem contar os milhares de veículos que são negociados no mercado de usados. As vendas de motocicletas também não param de crescer, e se prevê que por volta de 2010 suas vendas ultrapassaram a de automóveis. Sendo assim, a resposta da grande maioria das pessoas parece óbvia: a melhor opção é o transporte individual, ao menos atualmente. Obviamente que nesse ponto entra-se na discussão sobre a eficiência/produtividade. Atualmente o automóvel e as motocicletas são a melhor opção para as pessoas, como deixam claro em suas escolhas individuais, por um questão de eficiência econômica. O transporte público é lento, barulhento, desconfortável, e como se não bastasse, ca

TRANSPORTE DE MASSAS E TRANSPORTE INDIVIDUAL: QUAL A MELHOR ESCOLHA?

TRANSPORTE DE MASSAS E TRANSPORTE INDIVIDUAL: QUAL A MELHOR ESCOLHA?     Os temas ligados ao planejamento urbano e regional são normalmente tratados por intelectuais de esquerda, e quase sempre nos levam a crer que nos casos metropolitanos, a opção pela coletividade em detrimento do indivíduo é a melhor opção. O transporte de massas seria, portanto, mais racional, econômico e eficiente que o transporte individual, que é realizado, sobretudo, através do automóvel. Pela minha formação profissional,  meu conhecimento na área, vejo que a grande maioria dos especialistas (para não dizer que são todos) são amplamente favoráveis à opção pelo transporte coletivo. E os modelos de administração desse "sistema de transporte" passam quase sempre pela intervenção estatal e por amplos investimentos públicos. Mas será que o liberalismo, e os preceitos individualistas que o regem, não teria um solução liberal também para esse problema? Haveria um modo liberal de se pensar a cidade, seu sist