Multinacionais controlam sistema energético

Saiu na Folha de São Paulo a seguinte machete, hoje, dia 13 de julho de 2007: Multinacionais controlam sistema energético.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1307200712.htm     Nas mãos do Estado até o início da década de 90, o sistema energético argentino está hoje em grande parte controlado por multinacionais do setor. Na produção de gás e petróleo, a YPF, antiga estatal monopolista e hoje propriedade da espanhola Repsol, mantém a liderança. Em 2006, produziu 42% do petróleo e 29% do gás argentinos.(...)"
Essa notícia é uma mentira, pois se as multinacionais controlassem o setor energético na argentina, não haveria escassez de gás natural ou de outros combustíveis por uma simples razão: com o crescimento da demanda o preço subiria, e isso seria um estímulo a mais para as pessoas economizarem energia, de um lado, e as empresas fazerem investimentos para ampliar a capacidade de produção, por outro.
O que ocorre na Argentina é que o governo local controla os preços dos gás natural e dos combustíveis em geral, como ficou muito bem demonstrado na manobra do Kirchner para vender a gasolina pelo mesmo preço do gás natural para o taxistas. Isso é feito porque ele se recusa a fazer o que seria sensato, isto é, subir o preço do gás natural.
Quem controla o setor energético na Argentina, e também no Brasil, são os governos de cada um dos países, através do controle de preços e tarifas. Por isso o sistema energético está numa situação tão delicada nesses dois países: de um lado a administração privada das companias, de outro o controle de preços pelo governo. É isso que permite o uso eleitoral dos combustíveis, é isso que leva à escassez e a desorganização do sistema produtivo. A Folha de São Paulo cumpre seu papel de desinformação quando diz que são as multinacionais, porque leva seus leitores a crer que a privatização do setor energético foi negativa, por deixar o país como refém da ganância estrangeira, quando o que ocorre é que as empresas e a população são reféns da sede de poder de seus governantes.




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